Petróleo e gás puxam expansão da Panalpina

Publicado em
31 de Maio de 2014
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A multinacional suíça de serviços logísticos Panalpina, especializada em soluções integradas para a carga, vê o mercado brasileiro com grande potencial. Especialmente devido às demandas da indústria de petróleo e de projetos de infraestrutura. "Particularmente nesta área, o Brasil oferece algumas possibilidades interessantes", afirmou ao Valor o presidente do grupo, Peter Ulber, em rápida visita ao Brasil. A área dedicada ao setor de energia é uma das divisões da companhia, que conta ainda com serviço de frete aéreo e marítimo, todos combinados com soluções logísticas integradas.

No cargo há quase um ano, Ulber destacou também o que considera boas perspectivas no segmento de transporte aéreo, num cenário em que o aumento do poder de compra da classe média demanda produtos de mais qualidade, tecnologia e valor.

Presente em mais de 70 países e com 500 escritórios, a companhia registrou, em 2013, alta de 7% no lucro bruto, chegando a 1,5 bilhão de francos suíços (cerca de R$ 3,7 bilhões). O lucro bruto para a região das Américas também aumentou cerca de 7% em 2013. A empresa não abre os números por país, mas o Brasil, como o mais importante da América Latina para a empresa, contribuiu significativamente para esse crescimento, disse o executivo.

No Brasil há 37 anos, a empresa atua hoje com 15 escritórios no país. "Vemos grandes oportunidades de investimento no Brasil, por exemplo, no Nordeste, onde temos a intenção de abrir um novo escritório", adiantou Ulber, sem especificar o local.

Um dos segmentos mais importantes da filial brasileira é o de bens de consumo e farmacêuticos importados. Mas, com o desenvolvimento da indústria de energia, a Panalpina tem ampliado o papel no transporte de equipamentos pesados para grandes empresas. "Hoje, somos conhecidos por nossas soluções customizadas, flexibilidade e forte foco no cliente", diz Ulber. Cada vez mais, a empresa aposta em soluções "end-to-end", em vez de simplesmente transportar mercadorias entre o ponto A e B. "Há uma tendência crescente em termos mais controle e responsabilidade sobre as cadeias de suprimentos dos nossos clientes".

O Brasil é hoje o quarto mercado mais importante para a Panalpina em termos de Ebit (sigla em inglês para lucro antes de encargos financeiros e impostos), e vem crescendo nos últimos anos. O Ebit do grupo em 2013 atingiu 108 milhões de francos suíços (ou aproximadamente R$ 268 milhões). Para Ulber, foi um bom resultado, mas para uma empresa do porte da Panalpina deveria ter sido maior. "Ainda há muito espaço para melhorias em relação à rentabilidade. Estamos trabalhando para isso e os resultados do primeiro trimestre de 2014 são animadores. O Ebit aumentou quase um terço em comparação ao mesmo trimestre de 2013."

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