Petrobras negocia com Vale uso de ferrovias para transporte de combustíveis

Publicado em
03 de Dezembro de 2010
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A Petrobras está negociando com a Vale a utilização da Ferrovia Norte-Sul para transportar derivados de petróleo da Refinaria do Maranhão para a região Centro-oeste, que hoje recebe combustíveis do Sudeste por meio de dutos e caminhões.

A refinaria deve começar a produção no fim de 2014, com capacidade inicial de 300 mil barris/dia e mais 300 mil barris/dia a partir de 2017. Cerca de 60% da produção será destinada ao Centro-Oeste.

A informação foi dada hoje pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. Segundo ele, o transporte por trens substituirá o uso de caminhões. O plano prevê o uso de vagões que levam minério de ferro e grãos ao Nordeste para acomodar, no retorno, tanques com as cargas de combustíveis.

A refinaria do Maranhão produzirá óleo diesel, GLP, nafta, coque e querosene de aviação. O executivo disse ser possível levar, por cabotagem, gasolina de outras refinarias para seguir ao Centro-oeste também por trem.

PORTO EM SÃO GONÇALO

Costa disse também que a estatal vai assinar com o governo do Rio e com a Prefeitura de São Gonçalo um convênio para construção de um porto na praia da Beira, cidade da região metropolitana. O porto servirá para transporte de equipamentos pesados para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

O convênio, que depende de assinatura do governador Sérgio Cabral, definirá o modelo de negócio do porto. A intenção, segundo ele, é que a Petrobras tenha preferência, deixando o porto aberto a outros usos, quando não houver demanda da estatal.

Segundo o diretor, a Petrobras já assinou contratos da ordem de US$ 4,5 bilhões para a construção do Comperj. Estima-se que serão gerados 25 mil empregos diretos.

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