Pesquisa divulgada na Fenatran (Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga), que acontece até esta sexta-feira (18), na capital paulista, alerta sobre os principais desafios do transporte rodoviário de cargas no País. Encomendado pela startup Fretefy à JR Consultoria, o levantamento contemplou 230 indústrias e transportadoras do Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, estados de alta relevância e fluxo no transporte de insumos e produtos agrícolas.
Entre as principais dores do transporte rodoviário de cargas, a pesquisa destaca duas: 83% dos transportadores contratados – transportadoras ou caminhoneiros autônomos - não cumprem os prazos de entrega e 20% das cargas chegam aos respectivos destinos apresentando avarias.
De acordo com o CEO da Fretefy, Gilmar Pertile, os principais fatores que acarretam nos atrasos e danos são: filas de espera para carregar; processo de comunicação complexo entre embarcador, transportadoras, motoristas e cliente final; falta de programação; burocracia no momento do carregamento; e o transporte sem rastreabilidade. “O setor rodoviário de cargas ainda está na era do Excel e precisa se modernizar urgentemente para o mundo digital.”
O levantamento revela, ainda, outros pontos da realidade atual do transporte rodoviário de cargas, considerando a perspectiva do contratante: somente 55% conseguem rastrear suas cargas e 78% declaram que contratam motoristas autônomos.
Pertile também chama atenção para o fato que dos que contratam motoristas terceirizados, apenas 20% afirmam que pagam com cartão regulamentado pela ANTT. “A maioria assume o risco envolvido na falta de declaração do CIOT, programa regulador de pagamento de fretes, que pode gerar multas que chegam a R$ 1.100.”