Apesar da incerteza econômica no EUA e no exterior, a confiança dos executivos de tecnologia dos EUA no futuro do comércio mundial e das exportações tem crescido significantemente ao longo dos últimos dois anos.
Citando mudanças legislativas e aumento de taxas trabalhistas no exterior como fatores, 85% dos executivos de tecnologia dos EUA acredita que a meta de dobrar as exportações até 2014, que faz parte da Iniciativa de Exportação Nacional da administração de Barack Obama, seja "muito provável" ou "algo provável" de se atingir, versus os 40% que acreditava nisso logo depois que a meta foi estabelecida há dois anos.
Os resultados foram apontados pela pesquisa anual da UPS, “Change in the (Supply) Chain”, realizada pela IDC Manufacturing Insights com foco em decisores seniores da cadeia de suprimentos na indústria de tecnologia e eletrônicos dos Estados Unidos. A pesquisa foi projetada para apontar as principais tendências da cadeia de suprimentos que impulsionam mudanças nessa indústria. O estudo de 2012 foi focado especificamente na exportação, e realizado de maio a julho de 2012.
Entre os executivos que acreditam que a meta de exportação é viável, quase um em cada três atribuem isso ao constante aumento do rendimento em mercados emergentes. Outro terço cita as taxas trabalhistas em ascensão nos países que tradicionalmente têm baixo custo de fabricação como um fator primordial, e cerca de um em cada cinco cita alterações legislativas, tais como os recentes acordos de livre comércio na Ásia. A grande maioria, 81% dos executivos, antecipa que os recentes acordos de livre comércio na Ásia irão aumentar as importações e exportações de e para a região.
Embora a América do Norte esteja prevista para continuar a ser o maior mercado consumidor de tecnologia durante os próximos três a cinco anos, a demanda por produtos do tipo deve diminuir em sete por cento na região, enquanto a demanda em outros mercados deverá aumentar em algumas regiões em percentuais de dois dígitos.
Especificamente, executivos planejam aumentar vendas e atendimentos na Índia, Oriente Médio e África em 22% cada, e no Brasil em 18 %. Para as vendas e atendimentos em outras regiões da América do Sul, é esperado um aumento de 19%. Europa Oriental (15 %), Coreia (13%), China (8 %) e outras nações asiáticas (8%) também figuram na lista de principais mercados de consumo de tecnologia.
"A mudança esperada na demanda do mercado consumidor por produtos de alta tecnologia traz oportunidades e desafios para empresas", disse Ken Rankin, diretor de marketing de tecnologia da UPS. "A demanda global continuará a crescer em mercados novos e existentes, fazendo com que os executivos da cadeia de suprimentos mudem não só as suas operações de atendimento, mas também suas estratégias de terceirização para atender a esses mercados. Nós já começamos a ver essa mudança no modo como as empresas olham para a Índia e Brasil como mercados-chave, não só para atendimento, mas para produção também. "
Perspectivas sobre o futuro das exportações dos EUA
O mais surpreendente é o aumento considerável do otimismo em torno da meta de exportação de 2014 dos EUA. Não só 85% acredita que o objetivo é, em última análise atingível, mas 21% acredita que é "muito provável" de ser alcançado. Além disso, um total de 74% de executivos espera ver um crescimento da exportação individual de produtos de sua empresa nos próximos dois anos.
Quando perguntados sobre por que preveem o crescimento do comércio global, 81% dos executivos americanos cita os acordos de livre comércio na Ásia como um fator chave. Os entrevistados também citam as economias dos mercados emergentes e sua crescente classe média com apetite cada vez maior por produtos de tecnologia.
Avaliando oportunidades individuais para o crescimento do comércio internacional, apenas cerca de um em quatro dos empresários de tecnologia acredita que a capacidade de sua companhia de importar/exportar está entre as melhores da categoria, e 72% relata que existem oportunidades de melhoria. Desse grupo, 22% diz que há oportunidades significantes para suas empresas de melhorias de sua capacidade de importação/exportação.
Olhando para o futuro: Mudanças na Cadeia de Suprimentos de Tecnologia
Custos da cadeia (72%), prazos de entrega (4%) e capacidade de resposta (18%), foram apontadas como as três principais causas da mudança na cadeia de fornecimento de tecnologia nos próximos três a cinco anos. Quase a metade dos executivos de tecnologia, 48%, cita prazos de entrega estendidos como um dos três pontos críticos no processo de importação/exportação, além de gestão de inventário (42%) e visibilidade de ponta a ponta (38%). Fornecedores instáveis e proteção da propriedade intelectual seguem logo atrás nessa lista, com 37 % e 30% dos executivos citando-os como problemas.
"Para empresas de tecnologia, a demanda muda rapidamente e inovação rápida é uma necessidade", disse Rankin. "Os vencedores serão as empresas que conseguirem alavancar o crescimento do mercado emergente com produtos fortes e executar importação e exportação com excelência."
Para mais informações sobre os resultados da pesquisa e para baixar um resumo executivo dos resultados, visite pressroom.ups.com.
Metodologia da Pesquisa: A pesquisa da UPS “Change in the (Supply) Chain” foi conduzida às cegas, com profundidade por telefone pela IDC Manufacturing Insights em nome da UPS com aproximadamente 125 fabricantes de tecnologia nos Estados Unidos. Os entrevistados qualificados eram decisores de nível sênior responsáveis pela cadeia de suprimentos e logística nas indústrias de semicondutores, electrônica de consumo, componentes eletrônicos/acessórios e de equipamentos de comunicação. As pesquisas foram realizadas de maio a julho de 2012.
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