Pernambuco terá cadeia completa de componentes de produção energia eólica

Publicado em
12 de Setembro de 2014
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Cadeia de energia eólica terá produção de todos os componentes em Pernambuco. Nova unidade é prevista para operar em 2016. Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press
Cadeia de energia eólica terá produção de todos os componentes em Pernambuco. Nova unidade é prevista para operar em 2016. Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press
 
Investidores da cadeia de energia eólica terão, em Pernambuco, toda a produção de equipamentos para a energia de captação de ventos. A novidade é o início da construção da Alphatec, fábrica que vai produzir torres em Escada a partir de 2016. "É a primeira planta no Nordeste a construir torres de aço modulares ultra-altas, que captam o vento acima de 100 metros de altura. Isso faz Pernambuco um estado que integra todos os equipamentos para formação de parques geradores de energia do tipo", destaca o presidente da AD Diper, Jenner Guimarães.

O polo eólico de Suape, hoje com três fábricas em operação e uma em construção, reúne investimentos de R$ 420 milhões e 3,3 mil postos de trabalho gerados. A fábrica da Alphatec será construída no município de Escada, situado no Território Estratégico de Suape, que abrange oito cidades da Mata Sul do Estado e do Grande Recife. 

Os produtos da Alphatec atenderão o mercado do Nordeste brasileiro, mas também devem ser exportados para outros países da América Latina. A nova unidade terá investimentos de R$ 60 milhões na planta de 25 mil metros quadrados, gerando 400 postos de trabalho na construção civil. Sua operação está prevista para o fim de 2016, quando deve gerar 180 empregos diretos. Os moradores de Escada terão prioridade para ocupar as vagas de níveis fundamental, médio, técnico e superior, passando por qualificação oferecida pela própria empresa.

A Gestamp, do grupo espanhol Gonvarri, produz torres até 100 metros de altura; a fabricante de pás eólicas LM Wind Power, de origem brasileira e dinamarquesa; a produtora de aerogeradores Impsa, de origem argentina; e a Iraeta, também do grupo Gonvarri, que começou a construção da planta em julho, para o fornecimento de flanges (conectores das torres com os aerogeradores). 

A captação do empreendimento ocorreu após negociações da empresa com a AD Diper, sendo finalizadas durante a feira Brazil Wind Power, realizada de 26 a 28 de agosto no Rio de Janeiro. “Pernambuco foi escolhido por ser o principal polo de desenvolvimento do Nordeste e um estado em grande crescimento econômico”, explica o diretor de Novos Negócios da Alphatec Roberto Giannini.
 

Geração de energia eólica cresce 154% na comparação com julho de 2013

Mercado de energia

Dados constam do Boletim de Operação das Usinas, publicação mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
 
As fontes de energia renováveis registraram nova expansão dentro da matriz energética nacional. No mês de julho, as usinas eólicas responderam pela geração de 2,75% do total gerado no Sistema Interligado Nacional (SIN): 1.594 MW médios. O crescimento é de 154% em relação a julho do ano passado.

Além das eólicas, tiveram destaque no mês as térmicas a óleo e bicombustíveis, que geraram 2.601 MW médios, representando 368,8% de acréscimo na variação anual (entre julho de 2013 e julho de 2014). Se comparada com junho, a produção dessas usinas apresentou alta de 13% .

Os dados constam do Boletim de Operação das Usinas, publicação mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) que apresenta os principais resultados de capacidade, garantia física e produção das usinas elétricas do País.

Investimentos

De acordo com declarações recentes do presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Elbia Melo, o setor de energia eólica vai investir cerca de R$ 15 bilhões em 2014 e a perspectiva é manter este patamar de investimentos nos próximos anos, incluindo a participação nos leilões de energia promovidos pelo governo.

Em dez anos, a energia eólica deve corresponder a 11% da  matriz energética brasileira, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

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