Penske Logistics cresce fora do Sudeste

Publicado em
07 de Setembro de 2010
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Nos últimos seis meses, a americana Penske Logistics, que atua na armazenagem e distribuição de mercadorias, foi procurada por cerca de uma dúzia de empresas que querem instalar novos centros de distribuição (CDs). Desse total, dois terços podem ficar no Nordeste. O Centro-Oeste e o Sul, por sua vez, devem abrigar mais quatro unidades e marcar a presença da Penske nas cinco regiões do País. Caso os projetos se concretizem, a empresa mais que duplicará o número de CDs próprios em operação (oito) instalados numa área total de 200 mil metros quadrados.

O mais recente deles foi inaugurado em Manaus, na região Norte, por conta do forte crescimento da Zona Franca. O CD, que recebeu investimentos de R$ 2,1 milhões, atendeu a uma encomenda da Whirlpool, líder do mercado de linha branca. O galpão de 11 mil metros quadrados vai armazenar os modelos de micro-ondas e de ar-condicionado das marcas Brastemp e Consul. O terreno ocupado tem potencial para dobrar de tamanho e atender outras empresas. "O novo CD é parte importante do nosso crescimento estratégico no Brasil no longo prazo", diz Paulo Sarti, diretor de operações da Penske.

Segundo Sarti, há uma carência na área de armazenamento em nível nacional. Prova disso são os investimentos milionários programados por alguns dos maiores fundos imobiliários brasileiros, como o Prosperitas, que vai aplicar R$ 750 milhões em complexos logísticos em Guarulhos, Campinas e Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, e em Vespasiano (MG).

A Penske está focada no Brasil no transporte rodoviário, praia de gigantes como as multinacionais DHL, Ceva e McLane, líderes de um mercado que movimenta R$ 34 bilhões anualmente. A companhia terceiriza uma frota de 400 caminhões e gerencia a gestão da operação, que inclui frete, seguro, rastreamento e controle de mercadorias. Os centros de distribuição administrados para os clientes são alugados. A Penske equipa o local com pallets, cadeamento, área de TI, além de promover o treinamento de funcionários.

Clientes globais. Com os novos projetos, a Penske, que tem 1,2 mil empregados e deve fechar 2010 com um faturamento de US$ 88 milhões, espera crescer 20% ao ano a partir de 2011 e dobrar de tamanho até 2016. A empresa é controlada pela Penske Corporation, do ex-piloto de corridas Roger Penske, em sociedade com a GE. Dono de um faturamento global de US$ 16 bilhões, o grupo atua nas áreas de logística, leasing de caminhões, concessionárias de automóveis, além de ter forte presença no automobilismo esportivo, com escuderias na Fórmula Indy e na Nascar. "Somos a Ferrari da Indy", diz Sarti. Responsável por cerca de 8% das receitas de US$ 1 bilhão da área de logística do grupo, a Penske brasileira estampa em seu portfólio nomes como Ford, HP, Sony, Samsung e Firestone. "Alguns, como a Whirlpool, são clientes globais", afirma Sarti.

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