Pedágios são termômetro para as vendas de caminhões

Publicado em
15 de Agosto de 2013
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Durante apresentação dos resultados de junho 2012 para a imprensa, o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, explicava que o desempenho da produção de caminhões é diferente do de veículos leves, que foram incentivados pela redução do IPI, pois a venda dos pesados depende do nível da produção industrial e de seus fretes. Em resumo, com mais intensidade industrial os frotistas compram mais caminhões. Com isso em mente, veremos que dados de três fontes diferentes convergem para o mesmo resultado e comprovam a premissa do presidente da Anfavea.

Primeiramente, vemos abaixo gráfico da variação da produção industrial de 2003 até maio 2012, conforme levantamentos efetuados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Produção

Em seguida, temos os dados da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) cuja série histórica mostra a variação no fluxo de veículos pesados que passam pelos postos de pedágio e, consequentemente, o nível de intensidade do frete, que varia conforme a produção industrial brasileira. 

Fluxo

Por último, colocamos a variação acumulada da produção de caminhões registrada pela Anfavea no mesmo período.

Produção

Ao colocar as três informações no mesmo gráfico, vemos que a produção e venda de caminhões está, de fato, diretamente ligada à demanda por fretes e seu movimento pelos pedágios, e ambos dependem totalmente do nível de intensidade da indústria brasileira, como se comprova no gráfico abaixo. 

Produção

Com isso concluímos que, tanto os dados do nível de produção industrial do IBGE, como da utilização dos pedágios da ABCR, são um termômetro fiel da produção e vendas de caminhões no Brasil. O setor de pesados aguarda uma recuperação da indústria para reverter a tendência de queda na produção.
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