Pedágio urbano e rodízio de placas são alternativas

Publicado em
03 de Dezembro de 2010
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Mais que a implantação de novos tipos de ônibus coletivos, o superintendente da Associação Nacional dos Transportes Públicos, o urbanista Marcos Bicalho, aposta em medidas restritivas aos veículos particulares para solucionar o problema do inchaço no trânsito das grandes cidades.

Segundo Bicalho, cidades da Europa, como Londres, na Inglaterra, já cobram pedágio urbano para quem quer circular de carro no centro da cidade. Além dessa medida, ele cita o rodízio de placas de carros, como acontece em São Paulo há mais de uma década, como uma forma de desafogar o trânsito.

"O pedágio urbano é uma medida antipática, cara e elitista, o que quer dizer que só os riscos poderão pagar para circular de carro no centro, mas é uma medida que funciona. E acredito que essa cobrança vai acabar sendo implantada aqui no Brasil também. Belo Horizonte ainda não cogita pedágio nem rodízio, mas em pouco tempo elas serão necessárias para que o trânsito não pare".

O gerente municipal de Planejamento Econômico do Rio de Janeiro, Reinaldo Lustosa, conta que na capital carioca, a população é atraída para o transporte público com a oferta do bilhete único nos ônibus. O sistema permite fazer duas viagens pagando apenas uma tarifa. Em Belo Horizonte o sistema ocorre na integração entre ônibus e metrô.

"O bilhete único é um incentivo para a população usar os coletivos", disse Lustosa, que contou também que no ano que vem, a avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das maiores e mais movimentadas do Rio, ganhará pistas exclusivas para ônibus. "Os donos de veículos particulares vão sentir a restrição. Mas é a solução".

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