Pedágio na BR-040 em Petrópolis, RJ, pode chegar a R$ 12

Publicado em
24 de Junho de 2013
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Aumento seria em decorrência das obras com a nova subida da Serra. Hoje, o valor cobrado é de R$ 8.

Pedágio pode aumentar de R$8 para R$12 na BR-101 (Foto: Divulgação)Pedágio pode aumentar de R$ 8 para R$ 12 na BR-101, na altura de Petrópolis (Foto: Divulgação)

Com a construção da nova subida da Serra de Petrópolis, Região Serrana do Rio, na BR-040, o gasto pode afetar o bolso do usuário que trafega na via e paga, atualmente, R$ 8 de pedágio. O preço já é considerado caro para um trecho que apresenta má conservação da pista, iluminação precária e falta de segurança. O valor, no entanto, por conta do alto custo das obras, pode ficar ainda mais caro e chegar a R$ 12.

Os 37 quilômetros da BR-040 entre Matias Barbosa e Juiz de Fora levaram sete anos para serem executados, consumiram R$ 162 milhões, dos quais R$ 42 milhões foram financiados pelo BNDES e ainda ocasionaram, entre 2001 e 2003, três aumentos de pedágio perfazendo mais de 15%. A duplicação da pista no trecho mineiro foi "trocada" pela Concer, concessionária que administra os 180 quilômetros entre Rio e Juiz de Fora, em detrimento da nova estrada de subida da Serra de Petrópolis, sob a alegação de que o perímetro em Minas registrava muitos acidentes. A concessionária, no entanto, foi questionada diversas vezes pelos atrasos no cronograma das obras que iniciaram estimadas em R$ 108 milhões e que deveriam ter sido concluídas em três anos.

"O aumento de pedágio, que pode chegar a R$ 12 e a prorrogação do prazo de contrato da concessionária em troca dos R$ 917 milhões que serão gastos com a nova pista da Serra ainda não estão descartados", denuncia o deputado estadual petropolitano, Bernardo Rossi, que pediu a abertura de uma comissão especial no parlamento estadual para acompanhar as obras e os gastos.

O parlamentar diz que o principal, além de cobrar a plena execução da pista e do contrato, é evitar que o usuário pague por uma obra prevista há 17 anos. "É o que aconteceu em Matias Barbosa. Todos nós pagamos a mais durante três anos. E ainda assim a Concer, sem dinheiro em caixa, teve parte da obra financiada", aponta.

“É o que queremos evitar na Serra. Descumprimento de prazos, majoração do pedágio e uma conta astronômica hoje já em R$ 917 milhões", argumenta. O deputado teme que seja lançada mão das três alternativas que a Concer apresentou para custear a construção da pista - que vai consumir R$ 45 milhões por quilômetro. "O presidente da empresa anunciou em setembro do ano passado à imprensa que ’as opções para tirar as obras do projeto seriam aumentar a tarifa, que aí vai para R$ 10 ou R$ 12; o governo colocar dinheiro; ou aumentar o prazo de concessão, que é a maneira mais simples’. Diante de um projeto que beira R$ 1 bilhão, o que tememos é que a concessionária e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) use os três recursos simultaneamente", completa Bernardo Rossi.

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