Pedágio de R$ 2,10 no Rodoanel ainda não tem prazo

Publicado em
04 de Julho de 2014
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O pedágio para os carros que trafegarem pelo trecho leste do Rodoanel será de R$ 2,10. Mas ainda não há prazo para a cobrança começar.

A partir desta sexta (4), os veículos poderão trafegar pelas pistas -entre a rodovia Ayrton Senna e a alça sul do Rodoanel- sem pagar tarifa.

O empreendimento será administrado pela concessionária SPMar, a mesma empresa que faz atualmente a operação do Rodoanel Sul.

Ela venceu a licitação feita pelo Estado, que sofreu atrasos antes de ser lançada.

Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a empresa vai receber uma multa de R$ 53,7 milhões pelo atraso na entrega do trecho leste.

Nas contas oficiais, a entrega estourou a data combinada em 114 dias.

As obras do trecho leste custaram R$ 3,6 bilhões e são realizadas pela concessionária SPMar sob fiscalização da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).

No total, haverá 27 km de viadutos e pontes -equivalente ao dobro da extensão da ponte Rio-Niterói.

A construção do Rodoanel completo foi anunciada pelo governo de São Paulo ainda na década de 1990.

Agora, além da parte final do trecho leste, entre as rodovias Ayrton Senna e Presidente Dutra, faltará ainda a conclusão do trecho norte -que terá 44 km, está em andamento e é previsto para 2016.

As obras do Rodoanel Norte foram iniciadas em março de 2013. A alça passará por São Paulo, Arujá e Guarulhos e terá um acesso de 3,6 km ao aeroporto de Cumbica.

SEM TARIFA

A cobrança de pedágio nos trechos do Rodoanel já foi motivo de discussão e desgaste para os governos tucanos.

O ex-governador Mário Covas (PSDB) defendeu, nos anos 1990, a tese de que não haveria cobrança de pedágio no anel viário -que, dentre outros objetivos, tenta reduzir a quantidade de caminhões que passam
no trecho urbano da capital paulista.

Essa ideia chegou a ser encampada pelo então candidato Geraldo Alckmin nas eleições de 2002.

"Não vai ter pedágio [no Rodoanel] porque a obra está sendo feita com recursos do Estado e do governo federal", afirmou na época.

Depois, houve a decisão de conceder as pistas para a iniciativa privada, que ficou encarregada da construção -podendo cobrar pedágio.

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