Passo a passo para a roteirização do transporte de cargas excedentes

Publicado em
26 de Junho de 2018
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Escolher a melhor rota para o transporte de uma carga excedente, efetivamente, não é uma tarefa simples, ainda que a tecnologia de geoprocessamento e ferramentas baseadas no google maps ajudem muito.

Quatro fatores fundamentais devem ser levados em conta:

1. Segurança da carga, do trânsito e preservação da infraestrutura (pontes, pavimentos e demais equipamentos e instalações publicas);

2. Atendimento aos prazos contratuais (Transit Time)

3. A viabilidade estrutural (Capacidade Portante de pontes e viadutos) e Geométrica da Rodovia;

4. Custos:

  • Distância de transporte;
  • Gastos com combustível;
  • Quantidade de AET's;
  • Pedágio
  • Tarifas pelo uso da via (TUV, TAP, etc)
  • Operações especiais (inversão de pista, remoção de defensa, transposição de pedágio)
  • Exigência de Escolta policial;
  • Exigência de escolta credenciada;
  • Acompanhamento de travessia por concessionárias

A partir de que pesos e dimensões o transporte precisa ser roteirizado?

Essa decisão depende muito do peso e dimensões da carga e do conjunto transportador e do percurso a ser percorrido. Regra geral, em rodovias federais, a roteirização do transporte deve ser considerado para pesos e dimensões acima dos valores abaixo:

  • PBTC > 57 t
  • Altura > 4,40m
  • Comprimento > 30,00m
  • Largura > 3,20m

Passo a passo para roteirização

I - certifique-se de estar de posse das dimensões corretas do conjunto transportador (veículo + carga);

II - certifique-se da origem e destino do transporte;

III - comece com o mapeamento das diversas rotas possíveis. Use o Qualp (www.qualp.com.br), Google maps, Maplink, ou outro da sua preferência;

  • levante a distância do transporte;
  • identifique tipo e gestão da(s) rodovia(s);
  • quantidade de òrgãos envolvidos e AET's necessárias
  • faça uma estimativa de custo com Combustível
  • faça uma estimativa de custo com pedágio;

IV - identifique os órgãos com circunscrição sobre os trechos rodoviários;

V - levante a legislação, exigências e requisitos específicos;

VI - Verifique aqui se a rodovia é concessionada;

em rodovias concessionadas, em especial no estado de São Paulo, atenção para custos com pedágios, desmonte de praça de pedágio, pesagem, etc;

em rodovias não concessionadas, atenção para pontes e viadutos com restrição de capacidade portante;

VII - se a altura do Conjunto Transportador for superior a 5,0m, certifique-se da viabilidade geométrica do percurso;

VIII - se a altura do Conjunto Transportador for superior a 5,30m considere contratar um Estudo de Viabilidade Geométrica;

IX - se a largura do Conjunto Transportador for superior a 5,00 certifique-se se não será necessário o desmonte de praça(s) de pedágio;

X - se o PBTC do Conjunto Transportador for superior a 74t, certifique-se da capacidade portante de pontes e viadutos;

XI - mapeado o(s) percurso(s), identifique os órgãos (federal, estaduais e municipais) e/ou concessionárias com circunscrição sobre cada um dos trechos rodoviários;

XII - verifique com base em banco de dados de AET's se já passaram cargas com pesos e dimensões semelhantes;

XIII - identifique a necessidade de desvios, trânsito na contramão, remoção de equipamentos e instalações;

XIV - verifique se há regulamentação específica para o transporte de cargas excedentes;

XV - identifique os requisitos para trânsito de cargas excedentes;

XVI - identifique a documentação exigida para obtenção de AET;

XVII - identifique todas as exigencias relacionadas;

XVIII - identifique os prazos para concessão da AET;

XIX - faça o levantamento das taxas e tarifas;

XX - faça o levantamento de possiveis custos com remoção de equipamentos e instalações;

XXI - identifique os postos de fiscalização;

XXII - existência ou não de balanças para pesagem de cargas;

XXIII  - se há necessidade de travessia de áreas urbanas;

XXIV - Se há restrições de dias e horários ao trânsito de cargas excedentes;

XXV - Outras recomendações: 

As dificuldades para roteirização do transporte são proporcionais ao peso e dimensões do conjunto transportador;

Na hora de dimensionar o veículo, certifique-se que o peso e dimensões finais do conjunto transportador sejam as menores possíveis;

Os fatores que mais encarecem o transporte são: distância de transporte, restrições de trânsito e de capacidade portante de pontes e viadutos, tipo de gestão da rodovia (pedágio, em especial nas rodovias paulistas); exigência de escolta policial, necessidade de remoção de interferências e travessias em trechos urbanos 

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