Para segurar preço do pedágio, novas licitações vão deixar estradas mais lentas. Foto: Antônio More (Arquivo)
O projeto original do novo pedágio do Paraná previa que, ao final de todas as obras de ampliação de capacidade, as Rodovias Integradas do Paraná seriam todas de Classe 1-A – estrutura viária que permite que toda a viagem seja realizada a 100 km/h, sem necessidade de redução da velocidade em nenhuma curva, subida, descida ou estreitamento de pista.
Essa estrutura chegou a ser vendida pelo Ministério da Infraestrutura e pelo Governo do Paraná como o projeto que deixaria o Paraná com as rodovias mais modernas do Brasil. Mas o projeto que vai a leilão retirou essa exigência e a velocidade nas rodovias pedagiadas do Paraná poderá variar entre 60 km/h e 100 km/h. Segundo o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que homologou a licitação dos dois primeiros de seis lotes das rodovias paranaenses, a exigência foi retirada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para reduzir o custo das obras e, consequentemente, o valor da tarifa do pedágio.
Pela minuta do edital aprovada pelo TCU, todas as novas obras a serem realizadas precisarão ser no padrão Classe 1ª, com previsão de tráfego, largura das faixas, inclinação de subidas e descidas e angulação de curvas que permitam que um veículo percorra o trecho a 100 km/h. Mas a exigência foi retirada para as pistas já existentes, que poderão funcionar na classe M-1, que permite trechos em que a velocidade máxima permitida seja de 60 km/h.