Paraná apresenta a maior queda na produção industrial no País

Publicado em
06 de Outubro de 2010
compartilhe em:

A produção da indústria brasileira caiu em nove dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre os meses de julho e agosto. A principal queda foi observada no Paraná (7,2%), em função da paralisação técnica ocorrida no setor de refino de petróleo e produção de álcool.

De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Regional, divulgados hoje (6) pelo IBGE, também houve redução mais forte do que o observado na média nacional (-0,1%) em Goiás (-4,8%), no Rio Grande do Sul (-4,3%), em Pernambuco (-4,0%), no Amazonas (-3,0%), na Região Nordeste (-1,9%), na Bahia (-1,7%) e no Espírito Santo (-1,1%).

O levantamento aponta ainda que, em Minas Gerais, a produção seguiu o resultado do total da indústria brasileira e teve redução de 0,1% entre os dois meses.

Por outro lado, houve expansão na produção da indústria no Pará (2,4%), no Rio de Janeiro (1,6%), em São Paulo (1,3%), no Ceará (0,8%) e em Santa Catarina (0,1%).

Já na comparação com agosto do ano passado, os índices apontam crescimento generalizado, com aumento em todos os locais verificados, principalmente no Ceará (17,4%), no Espírito Santo (15,0%), no Pará (11,2%), em Minas Gerais (10,9%), no Rio de Janeiro (9,6%), em São Paulo (9,4%), no Paraná (9,1%) e no Amazonas (9,0%). O documento destaca que o mês de agosto de 2010 contou com um dia útil a mais do que o do ano anterior.
 
O levantamento do IBGE revela ainda que, no acumulado de janeiro a agosto de 2010 ante o mesmo período do ano passado, o setor acumula expansão em todos os locais. Sete deles apresentaram crescimento mais intenso do que a média nacional (14,1%): Espírito Santo (31,7%), Amazonas (23,8%), Minas Gerais (19,2%), Paraná (17,9%), Goiás (16,8%) Ceará (16,6%) e Pernambuco (15,6%).

São Paulo, que conta com o parque industrial mais diversificado do país e com maior peso na estrutura da indústria, cresceu 13,5%, impulsionado principalmente pelo comportamento da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de eletroeletrônicos (eletrodomésticos das linhas branca e marrom) e de máquinas e equipamentos, além das atividades associadas às commodities exportadas (minérios de ferro e siderurgia).

Os demais resultados neste tipo de comparação (acumulado janeiro-agosto ante o mesmo período de 2009), foram: Região Nordeste (13,3%), Bahia (12,4%), Rio de Janeiro (10,2%), Rio Grande do Sul (10,1%), Santa Catarina (9,4%) e Pará (8,5%).

IBGE aponta que produção industrial cai 0,10% em agosto
 
A produção industrial caiu 0,10% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas, que iam de zero a 0,80%, com mediana de 0,40%. Na comparação com agosto do ano passado, a produção registrou aumento de 8,90%. Nesta comparação, as estimativas variavam de 8,00% a 10,10%, com mediana de 9,50%.

De acordo com o IBGE, até agosto a produção do setor industrial acumula altas de 14,10% no ano e de 9,90% em 12 meses. O índice de média móvel trimestral da produção industrial, considerado o principal indicador de tendência, registrou queda de 0,20% no trimestre encerrado em agosto ante o terminado em julho. O indicador, em julho, também havia registrado variação negativa de 0,20%.

Uso da capacidade da indústria atinge 82,3%
 
Após a retomada da atividade em julho, os Indicadores Industriais de agosto, divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostraram ambiguidade, segundo avaliação da instituição. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou pelo quarto mês seguido e atingiu ficando em 82,3% em agosto, ante os 82,5% registrados no mês anterior. Além disso, o faturamento real da indústria caiu 0,3% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. Em relação a agosto do ano passado, no entanto, houve crescimento de 11,8%.

Apesar da queda na atividade no mês, as horas trabalhadas na indústria aumentaram 0,5% na série dessazonalizada. Em relação a agosto do ano passado, a expansão desse indicador é de 11%. Já o emprego na indústria cresceu em agosto 0,8% na série com ajuste. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o aumento é 7,4%.

De acordo com o documento divulgado pela CNI, com essa expansão o "indicador de emprego acumula 13 meses de crescimento quase que ininterruptos". Com isso, a massa salarial real (descontada a inflação) em agosto foi 8,5% maior que a do mesmo mês de 2009.

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.