Opinião é do coordenador da câmara do agronegócio da NTC&Logística, Geasi Oliveira Souza
Revista Carga Pesada – Rilori Braga
Se as leis da balança e da jornada de trabalho dos caminhoneiros estivessem sendo fiscalizadas, o transporte rodoviário de grãos não estaria numa situação tão difícil. A opinião é de Geasi Oliveira Souza, coordenador da Câmara de Agronegócios da NTC&Logística. Ele participou no último dia 31 de uma reunião técnica com transportadores da região de Ponta Grossa (PR) para discutir a formação da tabela de custos da atividade. Promovida em parceria com a federação dos transportes do Paraná, a Fetranspar, a reunião já havia sido realizada em Maringá, em agosto do ano passado.
“Se houver a devida fiscalização se o veículo está transportando dentro da capacidade estipulada pela legislação e se a jornada de trabalho está sendo cumprida, com certeza teríamos uma regularidade no valor do frete”, diz Oliveira. Ele cobrou blitze diárias nas rodovias.
Para o coordenador, a dificuldade em calcular o custo da atividade pelo transportador é um agravante. “Com esse ciclo de palestras, esperamos que a gente consiga reestabelecer a negociação com os embarcadores e fazer um repasse das defasagens”, disse.
Durante a reunião, o engenheiro Antonio Lauro Valdívia Neto, do Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos (Decope) da NTC&Logística, ressaltou a importância da organização das empresas. “A melhor forma de superar a crise é a união de todos os profissionais da área”, declarou.
Ele está otimista em relação a 2017. A expansão das fronteiras agrícolas no Brasil, na opinião do engenheiro, deve levar a uma elevação da renda e do emprego. E pode proporcionar uma melhora do valor do frete.
Valdívia explicou aos transportadores presentes como são feitos os cálculos da tabela de custos que a NTC elaborou. A planilha representa uma base para que as empresas possam elaborar e questionar seus preços. Além disso, o engenheiro apresentou algumas pesquisas feitas no Paraná.
A reunião foi realizada no Sindicato das Empresas de Carga de Ponta Grossa (Sindiponta). Para o presidente da entidade, Josmar Richtter, a “crise está presente em pequenos a grandes negócios e as reuniões são importantes para que o cenário do transporte rodoviário comece a mudar”. Ele acredita que a crise será superada com esforço e união.