Para Banco Mundial, País fica para trás em logística

Publicado em
16 de Outubro de 2014
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O Brasil tem ficado para trás em infraestrutura e logística em comparação a outros países, afirmou ontem, durante o 20º Fórum Internacional Supply Chain, Mona Haddad, gerente de Práticas Comerciais e Competitividade em âmbito global do Banco Mundial.

Além disso, segundo ela, o país tem se caracterizado por baixos investimentos neste quesito, o que coloca o Brasil em desvantagem.

A especialista criticou o fato de o país, a despeito do crescimento da última década, ter permanecido relativamente fechado ao comércio internacional. "O Brasil permanece não muito conectado a outros países. E nós sabemos que o comércio é um mecanismo de crescimento", afirma.

Segundo Mona, o elevado custo do transporte (principalmente rodoviário, o maior modal empregado no País), o tempo longo para entrega, a burocracia na liberação das mercadorias, o congestionamento de portos e rodovias, o baixo investimento em infraestrutura e uma fraca ligação intermodal para logística são obstáculos ao desenvolvimento do setor no Brasil.

"Algumas soluções envolvem melhora da cabotagem (transporte de cargas entre portos do mesmo país) para o comércio interno, investimento em novas rodovias e maior utilização da via aquática", listou Mona. "Os investimentos em infraestrutura são muito baixos, menor do que em países que estão crescendo rápido", explica.

A executiva alertou ainda para a necessidade de haver uma política mais descentralizada para o setor de logística. Hoje, o modelo brasileiro é muito concentrado e favorece a implementação de medidas unilaterais, observou Mona Haddad. "Há necessidade de combinar infraestrutura com melhoras operacionais e olhando para toda a cadeia de suprimentos", concluiu.

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