Panalpina cria soluções para clientes do segmento farmacêutico

Publicado em
29 de Outubro de 2012
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Empresa afirma que trabalho em conjunto entre transportadoras pode gerar economia

Em evento realizado em Miami, Flórida, colaboradores da Panalpina e representantes da International Air Transport Association, empresas de carga aérea e consultores de frete e tomadores de decisões da área de logística das maiores empresas farmacêuticas do mundo discutiram soluções para reduzir custos na cadeia de suprimentos.

Isso porque durante muitos anos, o setor farmacêutico operou com a abordagem “entrega primeiro, custo depois” em relação à sua cadeia de suprimento. No entanto, desde a crise financeira mundial, o segmento tem prioridades diferentes e, agora, soluções logísticas são escolhidas de acordo com o custo e capacidade, em conjunto com qualidade e inovação.

Legislações mais rigorosas e códigos de prática mais diversificados significam que o desenvolvimento de novos medicamentos exige mais tempo e dinheiro do que nunca. As empresas estão aumentando a verba de pesquisa e desenvolvimento, ao mesmo tempo em que tentam fazer economias em outras partes. Assim, a Panalpina identificou o gerenciamento de frete como uma área na qual a economia está disponível para o setor.

“Novos medicamentos não aparecem com a frequência de antes e mais companhias vendem produtos semelhantes para um mercado mais amplo, em volumes maiores. Isso aumenta a concorrência e reduz os preços”, afirma Thomas Berger, Global IV (Industry Vertical) da Panalpina para o segmento Farmacêutico. “Para continuarem competitivas, as empresas buscam cortar custos. Queríamos ajudar nossos clientes nessa questão e nos envolvemos em uma abordagem de ‘coopetição’ para várias grandes indústrias farmacêuticas. Aqui, discutimos ideias para economizar nos custos de gerenciamento de frete e estimulamos os participantes a desenvolver soluções com base em tais ideias.”

“Coopetição”

A ideia de “coopetição”, ou seja, concorrentes trabalhando juntos pelo benefício comum enquanto se mantêm totalmente dentro da conformidade, foi uma das mensagens centrais da Panalpina. Por exemplo, para os clientes do setor farmacêutico, isso pode significar compartilhar espaço de transporte que ficaria ocioso. Os participantes do workshop discutiram novas cadeias de suprimento e maneiras de consolidar remessas de várias empresas, além de quais produtos são melhores para enviar em conjunto. Muitos deles precisam ser transportados e armazenados em ambientes com temperatura controlada, o que significa altos custos no frete aéreo, pois exige soluções de resfriamento ativo (contêineres especialmente projetados com sistemas de refrigeração embutidos). Dessa forma, consolidar remessas e usar soluções de resfriamento passivo, com mantas térmicas, por exemplo, pode ajudar a reduzir custos.

Mudança para frete marítimo

Outra possível redução de custo para empresas do segmento farmacêutico pode ser movimentar mais produtos via mar do que via ar, constataram os participantes. O frete marítimo já é responsável por uma grande parte do transporte de cargas do segmento farmacêutico, principalmente para produtos menos frágeis e com menos problemas de tempo, mas o frete aéreo incorre em maiores custos. Identificar linhas de produtos que podem mudar para frete marítimo, deixando apenas os itens mais urgentes e os bens delicados para a viagem aérea, pode significar economias substanciais para essas empresas.

Além disso, as opções intermodais (nas quais fretes aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo se combinam) são outra forma de reduzir custos ao mesmo tempo em que não comprometem as velocidades de entrega, tanto quanto simplesmente mudar para o frete marítimo. “O frete marítimo não precisa fazer toda a jornada”, diz Berger. “Ao combinar frete marítimo com outras formas de transporte, há opções praticamente ilimitadas – realmente só depende das necessidades do cliente.”

O caminho adiante

“Queríamos discutir desafios e ideias, o que fizemos, mas também criamos soluções completas, e estou satisfeita com isso”, afirma Andreina M. Gutierrez, gerente de contas para clientes do segmento farmacêutico da Panalpina na América Latina. “Este grupo de empresas agora conta com um mapa detalhado, com objetivos claros e passos a seguir.”

Como parte desses passos, as empresas concordaram em testar uma nova rota intermodal para remessas menos urgentes. Tal rota, gerenciada pela Panalpina, percorrerá dois continentes, utilizando frete aéreo, rodoviário e marítimo, com checagens de tempo e temperatura em todo o percurso. Se comprovar ser um sucesso, provavelmente formará a base para futuras colaborações. Outro passo a seguir terá a Panalpina trabalhando com os participantes para criar uma nova estrutura e uma documentação mais eficiente para uniformizar o processo de cadeia de suprimento para produtos do segmento farmacêutico.

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