A depreciação operacional nada mais é do que a perda de valor de mercado pelo veículo ao longo da sua vida útil.
A depreciação operacional atende de maneira mais adequada do que a depreciação contábil às necessidades de elaboração de custos operacionais e de planilhas de fretes por idade dos veículos. Para calcula-la, podem ser usados métodos decrescentes ou lineares.
Os métodos decrescentes calculam a perda efetiva de valor comercial do veículo no mercado ao longo da sua vida útil e refletem melhor a realidade, uma vez que:
• A perda de valor é muito grande no início, mas decresce com o tempo, até praticamente estabilizar-se;
• Quando uma transportadora compra um caminhão, espera retorno rápido, podendo arcar com maiores custos nos primeiros anos;
• A eficiência do equipamento reduz-se gradativamente com o tempo. Após alguns anos, um caminhão de linhas longas é transferido para linhas curtas ou para entregas urbanas e pode encerrar sua “carreira” num pátio de manobra;
• Veículos mais modernos e eficientes vão sendo lançados, tornando o atual menos eficiente;
• Permite compensação entre o aumento do custo de manutenção e a redução da depreciação;
• Evita erros na distribuição dos custos de capital ao logo do tempo, pois os valores residuais a cada ano são diferentes para os dois métodos.
Uma maneira prática de se calcular a depreciação operacional é levantar o valor de mercado do veículo em revistas especializadas ou mesmo pelas tabelas de IPVA.
Usualmente, o que se faz é adotar como base o preço inicial e o valor residual (valor final de revenda) e interpolar valores entre os dois segundo uma lei de formação escolhida. Os métodos mais usados são o exponencial e o do dígito dos anos
Pelo método do dígito dos anos, a taxa de depreciação de no ano N de um veículo de vida útil n corresponde a uma fração cujo denominar é a soma dos n primeiros naturais e o numerador equivale aos anos remanescentes de vida útil ao final de cada ano.