Operador logístico: ferramenta estratégica para o sucesso dos negócios*

Publicado em
14 de Março de 2014
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Operação logística. A combinação dessas duas palavras se tornou uma importante ferramenta estratégica para determinar o sucesso nos negócios. Mas de que maneira essa ação pode, de fato, auxiliar no negócio do embarcador? Antes de conhecer a resposta vamos voltar um pouco para o passado. Antigamente os próprios embarcadores possuíam departamentos de transporte, se encarregavam do processo de contratação de transportadoras (em alguns casos operavam com frota própria) efetuavam o controle da entrega de carga, gerenciamento de funcionários e mercadorias e todas as etapas que envolvem a operação logística.

Com o tempo, muitos embarcadores passaram a delegar a operação de transporte inicialmente. Mais tarde delegaram os demais serviços logísticos para especialistas no assunto. Os principais motivos que alavancaram esta terceirização foram:

1) A necessidade de redução de custos;
2) a redução das equipes internas, pois era necessário focar as pessoas para cuidar do seu “core business”;
3) a busca por “know how” especializado para garantir maior flexibilidade logística e, consequentemente, melhor nível de serviço ao seu cliente final.

Neste contexto, a indústria automotiva brasileira assume a dianteira da terceirização logística, a exemplo do que ocorria com suas unidades internacionais. Eles estão totalmente focados na produção de carros e deixam as outras atividades com fornecedores específicos, o que foi ótimo para mexer com todas as práticas (muitas já antiquadas) do mercado local. Esse “empurrão” fez fornecedores mudarem seu formato de trabalho para cumprir com prazos e a produtividade que o setor exige. E a operação logística tem feito a diferença. É o operador quem armazena, recebe materiais, prepara e expede pedidos, realiza o transporte, acompanha a carga até a entrega acontecer no destino final. Ainda há muitos casos onde o operador logístico é contratado para realizar serviços complementares, como consultoria, no caso de projetos de engenharia logística, por exemplo.

Hoje a estrutura de operação logística acontece muitas vezes “in house” ou seja dentro do cliente, com o controle de estoque, programação, coleta e recebimento de materiais primas, assim como a entrega dos produtos acabados. O que parecia distante e futurista é hoje uma realidade necessária. Algumas empresas que realizavam apenas o transporte de mercadorias tiveram que se adaptar e evoluir no seu escopo de atendimento. Não mais alocar o caminhão para transportar mercadorias, mas oferecer a inteligência do transporte e outros serviços agregados. Não há mais espaço para aquelas transportadoras que realizam apenas o transporte da carga, sem a inteligência e administração dos processos.


Josana Teruchkin – Diretora executiva da Transportadora Sulista.

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