Oferta tropeça na logística

Publicado em
06 de Setembro de 2012
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O apagão logístico chegou ao milho. Há falta de caminhões para transportar milho em vários estados das Regiões Sul e Nordeste. E a saída para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi recorrer ao próprio Exército para auxiliar no deslocamento do milho do Mato Grosso para estados do nordeste e do sul, por sugestão do ministro Mendes Ribeiro.

A Conab terá que garantir a pequenos criadores o abastecimento de 400 mil toneladas do milho dos estoques do governo, mas o transporte "é extremamente difícil" desde a greve dos caminhoneiros que provocou um efeito cascata na demanda nacional por frete rodoviário de cargas.

A greve de caminhoneiros no fim de julho afetou o transporte de milho e outros cereais ante a supersafra de grãos.

A aquecida demanda mundial que ocupa todas as rotas da safra até os portos tornou difícil a contratação pelo governo de fretes para a distribuição de seus estoques de milho.

Assim, apesar de a safra de milho vir a atingir mais de 70 milhões de toneladas, há áreas do País que não são produtoras ou sofreram os efeitos de uma estiagem severa no início do ano -caso do Rio Grande do Sul, sem o cereal.

A situação revela os gargalos nacionais de infraestrutura e de logística, especialmente num momento de elevada demanda externa e uma safra acima da expectativa.

O governo também quer garantias do setor de soja de que não faltará o grão para o abastecimento do mercado interno na entressafra este ano, depois de grandes volumes terem sido exportados.

E a situação não deverá melhorar daqui para a frente, uma vez que com os altos preços internacionais haverá um nova supersafra no País que será colhida até abril de 2013.

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