É uma forma burra de fazer política, protegendo interesses menores em desfavor de um benefício para toda a sociedade, que infelizmente perdura até em Estados "de respeito", como o Estado de São Paulo.
Querem ver um exemplo desse tipo de política?
O governo do Estado de São Paulo, através da Portaria SUP/DER-046-08/10/2013, obriga todas as empresas que transportam carga em direção ao Porto de Santos, inclusive veículos de transporte de passageiros, com comprimento acima de 26 metros, a fazer o desengate de um dos reboques para transitar entre os km 40+000 e 50+000 da Pista Sul da SP-150 (rodovia concessionada Padre Anchieta).
Não é preciso ser nem um pouco inteligente para saber que uma operação dessa natureza consome recursos preciosos e que precisa de uma solução urgente já que a pista sul da SP-150 é praticamente a única alternativa de acesso para veículos desse porte ao principal porto de exportação do país.
Pois bem, a própria concessionária de rodovia que opera o trecho tomou a iniciativa de contratar estudo, cujo resultado indica que, dada o tipo de articulação desses veículos, é viável sim o trânsito dos mesmos, até o comprimento de 30 metros, sem a necessidade de desengate de um dos reboques.
Você deve estar pensando: então o problema está resolvido. Basta revogar a Portaria SUP/DER-046-08/10/2013 e permitir o livre trânsito dos veículos, certo?
Não! Não é bem assim. É aí que entra a Burocracia do Atraso.
Como a Portaria é de 2013 e já se passaram mais de 8 anos, obviamente que ao longo de todo esse tempo, o problema para muitas empresas, virou uma oportunidade para outras.
E agora é essa minoria, ao que tudo indica, que está barrando a revogação da Portaria SUP/DER-046-08/10/2013 e a correção de um problema que demorou tempo demasiado para ser analisado e equacionado, mas cuja resolução final continua patinando.
A pergunta ao secretário de logística e transportes do Estado de São Paulo é: até quando?