O mercado de transportadoras em Santos

Publicado em
03 de Julho de 2017
compartilhe em:

A cada ano, os portos de todo o Brasil vêm superando os números de movimentações em toneladas de carga. Em abril/2017, por exemplo, foi batido o recorde na exportação de grãos, por conta da supersafra recorde, escoando mais de 60 milhões de toneladas apenas do Mato Grosso do Sul.
 
No porto de Santos, o maior do Brasil e que possui 40% de participação no total nacional, os números também não páram de crescer. No ano passado, foram registrados 3,6 milhões de TEU na movimentação de containers. A cabotagem foi responsável por 16% (49 milhões de TEU) dos transportes marítimos, enquanto o transporte de longo curso registrou 84% das operações (242 milhões de TEU).
 
E, para que seja atendida toda essa demanda, é necessário que a cadeia logística, na qual as transportadoras de cargas têm um papel fundamental, esteja alinhada.
 
Na cidade de Santos, existem mais de 200 transportadoras de cargas; em São Paulo, esse número é mais que o dobro. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o ramo de prestação de serviços é o que mais emprega no Brasil, e a região Sudeste detém 70% de todas as vagas. Esses dados ilustram a importância das transportadoras de Santos e do estado de São Paulo na geração de empregos e na movimentação da economia de boa parte do país.
 
Além do porto de Santos ser o porto líder em movimentação de carga no país, é ainda privilegiado por possuir uma das melhores rodovias do estado, que registra, diariamente, a movimentação de cerca de 16,6 mil veículos pesados para transporte de containers e cargas soltas: a Rodovia Anchieta-Imigrantes.
 
Como já citamos no artigo Categoria de Transportadores Rodoviários, os transportadores são classificados em ETC (Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas), CTC (Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas) e TAC (Transportador Autônomo de Cargas). Essas siglas são de acordo com a classificação do registro ao qual cada um se enquadra. 
 
De acordo com a tabela, a categoria de TAC registrou cerca de 1,3 veículos por licença de transporte. Isso se dá pelo fato de alguns autônomos possuírem mais de um veículo em seu nome, contratando outros motoristas para realizarem a viagem.
 
Já as ETC registraram 7,3 veículos por companhia. Isso mostra a média de veículos de frota própria por empresa transportadora de carga no Brasil.
 
Por último, as CTC registraram um altíssimo número de veículos por registro de cooperativa. Isso porque essas empresas reúnem vários autônomos que funcionam como associados, ou seja, a frota é dos autônomos e não consideradas como próprias da cooperativa.
 
Sobre as cargas que são transportadas pelas transportadoras de Santos e de todo o Brasil, elas podem ser classificadas em: granel, consolidada, contêinerizada e química.
 
Graneleiros: Carga sólida, que não requer nenhum tipo de acondicionamento (embalagem), para ser transportada. Dentre os produtos transportados, podemos citar: soja, cereais e fertilizantes.
 
Cargas Consolidadas: Acomodação/unificação de diversas cargas menores em um só volume (maior). Geralmente, são mercadorias de diversos clientes, que passarão por uma mesma rota para coleta e/ou entrega.
 
Contêinerizadas: Quando o transporte é feito por uma unidade de carga (o contêiner).
 
Químicos: Cargas consideradas perigosas como combustível, gases, material radioativo e até mesmo explosivos. Para realizar o Transporte de Cargas Perigosas, são necessárias emissões de diversas licenças, como da Polícia Militar e Polícia Civil, IBAMA e outros órgãos fiscalizadores.
 
Analisando as informações acima dispostas, é possível notar a importância das transportadoras de Santos na geração de empregos na região e no aumento da produtividade das empresas brasileiras, por estarem situadas numa localização portuária privilegiada, que possibilita atender a importadores e exportadores de todo o país.

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.