O caos das estradas, Editorial do Jornal Zero Hora

Publicado em
05 de Agosto de 2013
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Cinco meses depois da publicação de uma ampla reportagem de Zero Hora demonstrando a precariedade das rodovias gaúchas de maneira geral, um novo balanço chama a atenção para a continuidade dos entraves nessa área, que transformam o Estado num problema sério de infraestrutura.

Os dados mais recentes, fornecidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), confirmam o que os motoristas percebem na prática: o Rio Grande do Sul, com um percentual de asfaltamento de apenas 7,29% em relação à malha rodoviária total, mantém a última posição entre os Estados brasileiros. É uma situação com a qual a sociedade não pode se conformar.

Na prática, pode-se dizer que o pouco de rodovia que dispõe de asfalto no Estado se encontra em boa parte numa situação deplorável. Isso significa que, além de colocarem sua integridade física em risco permanente quando viajam pelo Interior, os gaúchos acabam sendo onerados no cotidiano com um custo adicional, que é o repasse de parcelas extras aos preços finais de produtos transportados por via rodoviária.

Isso significa também um ônus para quem produz, pois resulta em perda de competitividade.

Como as causas são conhecidas, é preciso que o poder público possa encará-las de imediato. Faltam recursos, obviamente, mas falta também disposição dos governantes de enfrentar entraves como o excesso de burocracia e a ganância de empreiteiras, responsáveis por tantos atrasos propositais no andamento das obras.

É preciso também que seja intensificada a fiscalização sobre o excesso de peso de caminhões e, ao mesmo tempo, que se diminuam as restrições a alternativas capazes de propiciar obras com mais celeridade, como as parcerias público-privadas.

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