O Brasil convive com 15,5 focos simultâneos de crise

Publicado em
10 de Março de 2016
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É bom lembrar, só para não perder a conta, quantos focos de incêndio ardem simultaneamente no Brasil (por enquanto, claro, visto que o dia de amanhã...). Eis a lista elementar:

No front social
1) O embate, pleno e franco, da Operação Lava Jato com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi inaugurado pela polêmica em torno da condução coercitiva, à qual Lula foi submetido na última sexta. Ela acirrou a polarização na sociedade. Suas consequências ainda são imprevisíveis.
2) Manifestações contra a presidente Dilma Rousseff estão marcadas para o domingo, dia 13, em todo o país. A possibilidade de confrontos nesses eventos é baixíssima (e deveria ser menor), mas existe. Outros eventos em apoio a Lula e a Dilma também são esperados.

No front político 1
3) A suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT) joga mais lenha na fogueira no front político, aumentando a instabilidade política tanto no Congresso como no Planalto.
4) O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de pelo menos três inquéritos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele sempre reage atirando nessas situações.
5) O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também está sendo investigado pela Lava Jato.
6) Renan e Cunha não são os únicos parlamentares na mira da operação. Em março do ano passado, a Procuradoria-Geral da República obteve a autorização do STF para investigar 53 políticos, entre deputados, senadores e dois governadores de seis partidos diferentes.

No front político 2
7) Embora esquecido, o impeachment da presidente Dilma Rousseff voltará a tramitar no Congresso.
8) Quatro pedidos do PSDB tramitam no TSE pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer.

No front econômico 1
9) O PIB encolheu 3,85% em 2015 e pode cair 3,5% em 2016. O resultado do ano passado foi o pior desde 1990. Economistas têm dito que o país pode replicar, em somente dois anos, a década perdida dos anos 80.
10) A questão fiscal criou um buraco à parte. O déficit nesse campo foi de 10,8% no ano passado.
11) A dívida pública brasileira, outro imenso nó da economia, registrou aumento de 21,7% no ano passado, alcançando R$ 2,79 trilhões, o maior patamar da série histórica, iniciada em 2004.
12) O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, propôs a flexibilização da meta fiscal. A proposta nem sequer foi enviada ao Congresso, mas a sua mera existência abre uma nova frente de instabilidade e insegurança na condução da política econômica.

No front econômico 2
13) O buraco da Petrobras provocou uma crise no setor de óleo e gás no Brasil. A estatal tenta se reerguer, embora esteja atolada em uma dívida de R$ 500 milhões e conviva com uma baixa histórica do preço do barril de petróleo.

No front da saúde
14) Zika, chikungunya e dengue.

No front internacional
15) O preço minguado das commodities.
15,5) A candidatura de Donald Trump não é um problema para o país, mas vai que ele ganha!

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