A Autorização Especial de Trânsito (AET) é um documento essencial para regular o transporte de cargas especiais, conferindo a devida segurança e legalidade às operações de trânsito rodoviário. No entanto, a obtenção da AET muitas vezes se torna uma tarefa custosa e demorada, especialmente nos órgãos em que o processo de emissão do documento ainda não foi digitalizado.
A resistência à digitalização do processo de concessão de Autorização Especial de Trânsito (AET) nos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem (DER's) é um fenômeno que vem sendo observado em diversos lugares. Embora as vantagens da transição digital sejam inegáveis, a implementação de mudanças tecnológicas pode enfrentar desafios significativos nesse contexto específico.
O Alto Custo da AET
A primeira questão que merece atenção, além do alto custo, é a disparidade dos valores cobrados pelos diversos órgãos, em especial naqueles em que o processo ainda é manual, obrigando as transportadores a recorrerem a despachantes, o que aumenta ainda mais a demora e os custos envolvidos na obtenção de uma AET.
A tabela abaixo mostra os valores das TEAET - Taxa de emissão de AET em diversos estados brasileiros para uma CVC - Combinação de Veículo de Carga, denominação legal de veículos como Rodotrem, Treminhão, Bitrenzão e outros, conforme Resolução 882/21 do CONTRAN
A Demora na Digitalização da Emissão da AET
Um segundo ponto de preocupação é a demora na digitalização da emissão da AET. A tecnologia necessária para a implementação de um sistema digital eficiente está disponível e acessível há anos, mas muitos órgãos governamentais ainda realizam o processo de forma manual. Isso levanta a questão de por que a digitalização tem sido tão lenta, considerando que a AET é uma exigência legal, contribui para a segurança do trânsito e promove a segurança jurídica, especialmente em questões relacionadas ao seguro de carga.
Uma das principais razões para essa resistência pode ser a própria natureza burocrática e conservadora de muitas instituições governamentais. Processos burocráticos frequentemente se enraízam em práticas tradicionais, que podem resistir à adoção de novas tecnologias e métodos de trabalho. Além disso, a cultura organizacional em órgãos públicos pode ser lenta para se adaptar a mudanças e inovações, o que pode dificultar a transição para a digitalização.
Outro ponto importante pode ser a falta de conhecimento e capacitação dos funcionários envolvidos. A adoção de processos digitais exige conhecimentos técnicos e habilidades específicas, e nem sempre há uma preparação adequada para implementar a mudança. A resistência também pode surgir devido ao medo de perder empregos ou de que novas tecnologias tornem certas funções obsoletas.
A LOGISPESA realiza trabalho incansável de concientização da importância para as empresas de transporte da digitalização dos processos de obtenção de AET e se coloca à disposição dos órgãos a ajudar no que for necessário para a agilização dessas providências.