Diversificação evolutiva - Scania expande sua linha rodoviária no mercado brasileiro com lançamento dos novos R450 e R510
Às vésperas da Fenatran 2017, salão internacional do transporte rodoviário de cargas que se realizará em São Paulo de 16 a 20 de outubro, as empresas do setor começam a apresentar seus trunfos. A Scania vai aproveitar o evento para exibir dois novos motores para sua linha pesada rodoviária, com potência de 450 e 510 cavalos. Produzidos na fábrica da marca sueca em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, os novos motores da Linha R são uma evolução do conhecido propulsor de 13 litros de seis cilindros em linha e foram desenvolvidos com foco em rentabilidade, priorizando a economia de combustível e o melhor desempenho. Segundo a Scania, a redução de até 5% no consumo de diesel em relação à versão atual e a maior velocidade média da categoria são os principais atributos proporcionados. A versão com 450 cavalos tem torque de 239,6 kgfm e, na configuração com 510 cv, o torque máximo fica em 260 kgfm. Em ambos os motores, o pico de potência é a 1.900 rpm, e o torque máximo está entre 1.000 a 1.300 rpm.
Scania R 450
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Os novos motores são uma ampliação da Linha R para o uso rodoviário, que atendem demanda de cargas refrigeradas, segmento de cegonha, cargas líquidas, cargas perigosas, container e graneleiro. Com o lançamento, a linha estradeira de 13 litros passa a ser composta por seis potências – as duas novas motorizações se somam às quatro atuais, de 360 cv, 400 cv, 440 cv e 480 cv. Com os seis propulsores disponíveis, o torque máximo da Linha R está entre 188,6 kgfm, na motorização de 360 cv, e 260 kgfm, na nova versão de 510 cv. “Os clientes poderão perceber as diferenças na economia e no desempenho. As duas novas potências chegam para complementar a atual linha rodoviária. Toda nossa operação está focada em mais rentabilidade aos transportadores”, explica Eronildo Santos, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania do Brasil.
Scania R 450
Todas as motorizações da Linha R são compatíveis com as configurações 6X2 e 6X4 e as cabines R Highline e Streamline. As novas motorizações foram desenvolvidas com tecnologia de alta pressão de injeção de diesel e com múltiplos pontos para diminuir o consumo, os ruídos e as emissões. Com essa evolução, a engenharia da Scania afirma que o propulsor passa a ter uma redução de até 5% no consumo de combustível e é mais silencioso do que a versão atual. Esse resultado é possível devido à combustão mais eficiente, capaz de aumentar a potência e o torque, sem exceder as emissões e o gasto de diesel. A eficiência da combustão também melhora a durabilidade e a confiabilidade do motor a longo prazo. Outro benefício alegado é a redução do desperdício de combustível como fuligem, partículas no escape e depósitos no propulsor.
Scania R 510
Os novos motores passam a ser produzidos em CGI, um composto compactado de ferro e grafite que duplica a resistência à fadiga. Dessa forma, estão mais preparados para suportar o aumento na pressão de combustão dentro do cilindro. Apesar de mais robustos e resistentes, os novos motores continuam leves, o que proporciona um melhor desempenho do veículo. Também foram aperfeiçoados nessa nova linha de motores componentes como o tanque de Arla 32, o sistema de Redução Catalítica Seletiva, os cabeçotes, as tampas de válvulas, o sistema de filtragem de combustível e as bombas de baixa e alta pressão.
Além das novas opções de motores na Linha R, o stand da Scania na Fenatran vai exibir também o novo caminhão de mineração, o Heavy Tipper, lançado no início de setembro. Mas a fabricante escandinava promete destacar também no evento paulistano suas novas propostas na área de conectividade. O Driver Services utiliza dados captados através da plataforma Serviços Conectados – apresentada no Brasil no início do ano e que permite diagnóstico remoto dos caminhões – para ajudar a aprimorar o trabalho dos caminhoneiros, através de programas de treinamento e coaching. A ampliação da conectividade nos caminhões da marca também permite o aperfeiçoamento dos programas de manutenção, que se tornaram personalizados – o próprio caminhão comunica quando sua manutenção é necessária. Algo que, segundo a Scania, pode reduzir os custos dos planos de manutenção em até 16%.