O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que o estudo encomendado pelo governo junto à Esalq/USP para definir uma nova metodologia de cálculo das tabelas de frete rodoviário para cargas está pronto e já se encontra em consulta pública. "Modelar o preço do frete não é uma tarefa simples. Há condições diferentes de custos. E o trabalho da Esalq está pronto e em consulta pública.
Vamos começar a debater e a partir do momento que tivermos uma referência, isso deixará de ser uma dificuldade", afirmou Freitas, durante entrevista coletiva com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Floriano Peixoto (Secretaria Geral), no Palácio do Planalto.
Segundo Freitas, a Esalq possui a maior base de dados com informações sobre cargas no país e a ideia é que o trabalho da instituição sirva para atualizar as referências de custos utilizados para composição do preço do frete.
Ele ainda informou que o estudo avaliou os mais diferentes tipos de cargas, como frigorificadas, a granel e perigosa, entre outras, e levou em conta custos como depreciação de caminhões, mão-de-obra do caminhoneiro, preço dos combustíveis e outros.
"A tabela está sendo construída e a referência [dos custos] será atualizada", acrescentou o ministro. Desde sua implementação como alternativa para cessar as greves de caminhoneiros que afetaram o país no ano passado, o tabelamento de fretes vem causando insatisfações tanto entre caminhoneiros quanto entre as empresas que contrataram fretes.
Os caminhoneiros autônomos se queixam de que falta fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o cumprimento das tabelas de frete. Enquanto o setor empresarial reclama dos altos custos fixados pelo frete mínimo.
"A fiscalização da ANTT também será intensificada", garantiu Freitas. Em face do recuo da Petrobras para elevar os preços do óleo diesel por determinação do presidente Jair Bolsonaro, o governo resolveu anunciar hoje medidas a favor da categoria profissional dos caminhoneiros. Há um temor da volta das paralisações de caminhoneiros no país. "Temos que dar trabalho para o autônomo.
Há um excesso de oferta e nosso desafio é dar trabalho, garantir que o autônomo seja contratado. A gente resolvendo isso vamos dar um grande passo no distencionamento de qualquer situação", destacou. "Não vamos descansar enquanto não melhorar as condições de vida dos autônomos".