O número de negócios aprovados pelo Procaminhoneiro no primeiro trimestre deste ano (9.192) já é 36% maior que o registrado em todo o ano passado pelo BNDES (6.737). Em dinheiro, foram R$ 1,579 milhão nos primeiros três meses de 2010 contra R$ 1,157 milhão em 2009 inteiro.
Os dados foram apresentados pelo superintendente da área de operações indiretas do BNDES, Claudio Bernardo Guimarães, em palestra proferida na Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) no dia 14 de abril, em São Paulo.
Questionado pela Carga Pesada sobre o porquê de os caminhoneiros reclamarem que não estão conseguindo obter o financiamento, ele apontou a falta de garantia. "O autônomo é mais difícil de oferecer garantias que satisfaçam o agente financeiro. O microempresário é mais fácil porque é mais estruturado. O autônomo consegue crédito mais fácil para comprar por CDC ou leasing porque os juros maiores cobrados nesses processos compensam mais o risco do agente financeiro", disse.
Morais também apresentou os valores de Procaminhoneiro liberados pelo BNDES nos anos anteriores. Foram R$ 31 milhões em 2006, R$ 33,5 milhões em 2007 e R$ 34,1 milhões em 2008.