No Uruguai, Dilma critica bloqueios de rodovias durante manifestações

Publicado em
12 de Julho de 2013
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Ao desembarcar na capital do Uruguai ontem à noite, para a reunião de cúpula do Mercosul, a presidente Dilma Rousseff fez um balanço dos protestos promovidos em todo o país. Segundo ela, “as manifestações têm que ser respeitadas” porque reivindicar direitos sociais “e querer mais é algo muito positivo para a democracia”. A presidente criticou, no entanto, as interrupções de rodovias e os atos violentos que, em sua opinião, precisam ser condenados e coibidos pelo governo.
 
— Nós contamos também com o Judiciário, para multar aquelas organizações e aquelas entidades que paralisam estradas porque o direito de ir e vir é fundamental. É um direito democrático — disse Dilma, em entrevista na porta do hotel em que está hospedada. Para ela, o governo deveria acelerar as reformas para atender às demandas da população.
 
— Precisamos de melhor serviço no Brasil.
 
A presidente lembrou que, nos últimos dez anos, o país “avançou de forma expressiva”. Essas conquistas, disse, “vieram para ficar e não serão de nenhuma forma abaladas”. Cabe agora “aumentar os direitos sociais”.
 
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante – que acompanha a presidente na viagem a Montevidéu – também criticou o bloqueio de estradas porque “prejudica a vidas das pessoas e não constrói nada – não gera mais democracia, nem mais direitos sociais”. Ele disse que as manifestações precisam ser respeitadas, mas que os manifestantes também precisam respeitar os direitos dos outros.
 
— Isso faz parte do amadurecimento e acho que está cada vez mais sólido.
 
Mercadante considera que os protestos estão “mais moderados”. Segundo ele, o Brasil está encerrando um ciclo. Para o ministro, a inflação vai cair. Ele voltou a defender destinação de 75% dos recursos dos royalties do petróleo e dos rendimentos do Fundo Social à educação e de 25% à saúde. Mercadante lembrou a licitação para o campo de Libra, na Bacia de Santos, em outubro.
 
— É a maior licitação da história da economia internacional do petróleo. São entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. A estimativa é que Libras produza, em 35 anos, US$ 1 trilhão aproximadamente. Usar essa riqueza para a educação é um grande avanço — completou.

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