Mulher, mãe, marítima e universitária!

Publicado em
06 de Março de 2019
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Haglaya Juliana, marinheira de Máquinas na Aliança, passa 56 dias no mar e divide os outros 56 em terra com os filhos e os estudos
 
Para muitos ser mãe, trabalhar fora e estudar é uma missão quase impossível, mas para Haglaya Juliana de Figueiredo Lucena, de 34 anos, é a realização de um sonho. Com uma família fã da navegação, ela já tinha seu futuro traçado: o mar. Em 2012, ela se formou Aquaviária de Máquinas no Colégio Naval, em Angra dos Reis (RJ), mas seu propósito de carreira era maior. 
 
Há quatro anos na Aliança Navegação e Logística, ela é um dos destaques da Praça de Máquinas do navio Sebastião Caboto, sob o comando do Cmte. Emanuel Brasil. Sua primeira função na Aliança foi como “Moço de Máquinas” no navio ‘Aliança Energia’, na qual permaneceu por dois anos. Logo após, foi promovida a Marinheira de Máquinas, já no Sebastião Caboto. “Trabalhar na Aliança é diferente. É uma empresa que dá valor aos seus funcionários, dá oportunidades para crescer na carreira, sempre inovando”, comenta Juliana.
 
Com uma escala de trabalho diferenciada, que inclui 56 dias embarcada e outros 56 em terra, Juliana divide o seu tempo de folga com os três filhos - Enolla, de 15 anos; João Vitor de 13 e Hyalla de 11, além de se dedicar à Faculdade de Engenharia Mecânica, seu grande sonho. Atualmente, ela cursa o 6º período na Faculdade Pitágoras, em João Pessoa (PB). “Como o curso é presencial e trabalho com a escala de 56x56, tenho que pegar pesado nos estudos no período de folga. Aproveito, também, para dar o máximo de atenção e amor aos meus filhos”, comenta.
 
Como Marinheira de Máquinas, Juliana é responsável pela manutenção, conservação e preservação do navio. No SECAB, ela integra uma equipe de 8 pessoas liderada pelo Chefe de Máquinas Jucélio Rocha. “No começo é difícil conquistar a confiança da equipe, não por ser mulher, mas por ainda não conhecerem seu trabalho. Tudo é uma questão de experiência. Dentro da Praça de Máquinas, ninguém faz nada sozinho, é sempre um trabalho em equipe”, comenta.
E Juliana não está sozinha. Conta com mais quatro mulheres em sua tripulação de 21 pessoas. Sobre sua equipe, ela só tem elogios. “Independente da área de trabalho, somos uma tripulação muito unida e dedicada. Todos se ajudam e dão prioridade ao que realmente é prioritário naquele momento. A equipe do SECAB é realmente uma das melhores que já trabalhei”, comenta.  

As guerreiras do Mar
 
Já ficou comprovado que as mulheres já conquistaram seu espaço na navegação. Elas provam todos os dias que são capazes de comandar e chefiar navios tão bem quanto os homens. 
 
• Daisy Lima – 1ª Comandante da Aliança  
 
Daisy Lima da Silva, de 38 anos, é um exemplo de liderança. Formada pela Marinha Mercante, ela está há 13 anos na Aliança Navegação e Logística, onde galgou degraus – 2º piloto, 1º piloto e imediato - para chegar, há quatro anos, ao posto de comandante do navio de cabotagem Sebastião Caboto. 
Casada há três anos com o Cte. Souza, do navio João de Solis, a profissional se divide entre os 56 dias em mar, a visita à mãe no Pará e à sua casa em Fortaleza (CE), no período de folga. A única comandante feminina da Aliança trabalha com uma tripulação de 19 homens na rota Manaus (AM) – Itapoá (SC). “No início da minha carreira profissional, havia uma certa desconfiança se você conseguiria realmente desempenhar aquele papel. Com tempo, você mostra que pode, ganha a confiança da equipe e conquista a admiração”. 
 
• Luciane Marcelino Nogueira – 1ª Contramestre da Aliança
 
Luciane, de 43 anos, tem uma profissão ainda exercida majoritariamente por homens. Há dez anos no mercado da navegação e há cinco na Aliança Navegação e Logística, ela é a primeira Contramestre da equipe e tem uma trajetória marcada por muito trabalho e dedicação. 
Conhecida pelos colegas como “formiga atômica”, Luciane trabalha numa escala de 56 por 56, ou seja, fica quase dois meses a bordo. Além de comandar uma equipe, a contramestre precisa administrar outro grande desafio: a saudade da filha Luma de quatro anos. Quando está em terra, o tempo livre é totalmente dedicado à menina. “Procuro investir ao máximo na qualidade do tempo com a minha filha. Vamos ao clube e à praia, por exemplo, mesmo que não seja final de semana”, destaca.
 
• Dieinielle Moraes – 1ª Chefe de Máquinas da Aliança  
 
Dieinielle Moraes de Souza assumiu, em 2018, como 1ª Chefe de Máquinas. Começou sua carreira na Aliança, em 2011, como 2º Oficial de Máquinas, a bordo do navio Aliança Santos. Promovida a 1º Oficial, atuou nas embarcações Sebastião Caboto e Américo Vespúcio.  Já como Chefe de Máquinas, comanda a equipe do Navio Bartolomeu Dias. 
 
Para chegar até aqui, Dieinielle sempre teve muito apoio da família. Com uma escala de trabalho de 56x56, ou seja, 56 dias em terra e 56 no mar, a Chefe de Máquinas utiliza seu tempo de folga para estar com a família e ajudar o marido, com quem atua na administração de uma franquia da área de beleza.  “Meu marido toma conta de tudo quando não estou por aqui. A família é muito importante para quem passa muito tempo no mar. Perdi meu pai ainda quando estava na praticagem e, por isso, aproveito cada segundo da minha folga com as pessoas que amo”.
 
Sobre a Aliança Navegação e Logística
 
Fundada em 1950, a Aliança Navegação e Logística integra o grupo Hamburg Süd, que agora faz parte da Maersk Line, líder mundial em logística de contêineres.  A frota de 11 navios no serviço de cabotagem - incluindo alguns de 3.800 TEUs - conecta 15 portos de Buenos Aires a Manaus, realizando mais de 100 escalas mensais. A Aliança é líder em cabotagem na América do Sul, transportando commodities que vão de gêneros alimentícios a metais, contemplando clientes de diversos segmentos. 
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