Na sua proposta, a associação aponta que a tabela atualmente em vigor gera discrepâncias de valores na cobrança de certos tipos de cargas.
A proposta de tabelamento do frete que a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) entregou hoje (14) à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sugere que o valor mínimo para o transporte rodoviário autônomo leve em conta o tipo de veículo e de carga transportada. A entidade afirma que, se adotada pelo governo federal, a proposta resultará em uma redução de 20% do valor atualmente cobrado para o translado de carga geral, ao mesmo tempo que tornará mais justa a remuneração ao carregamento de cargas perigosas.
“Pode não dar em nada, mas estou fazendo minha parte", disse o presidente da associação, José Fonseca Lopes, logo após se reunir com os técnicos da ANTT, esta manhã. De acordo com Lopes, as várias sugestões que a ANTT vem discutindo com outras entidades de caminhoneiros não contemplam a diversidade de situações do setor, ao passo que a tabela sugerida pela Abcam tenta abranger diferentes sugestões da categoria.
“Cada um fez sua planilha de acordo com o tipo de caminhão e de carga. Um fez os cálculos para caminhão de dois eixos, outro fez o mesmo para caminhão de três eixos. Cada um veio com uma proposta diferente, tumultuando o meio de campo. A sugestão da Abcam procura contemplar todas as modalidades de transporte”, disse Lopes. A Abcam não tem participado das reuniões entre técnicos da ANTT com outras entidades e lideranças da categoria.
Na sua proposta, a associação aponta que a tabela atualmente em vigor gera discrepâncias de valores na cobrança de certos tipos de cargas. Segundo a Abcam, a atual tabela estabelece preços maiores para cargas em geral do que para cargas frigoríficas e perigosas, que exigem maior investimento e exigências dos caminhoneiros.
Caminhoneiros ainda ocupam trecho da Rodovia Presidente Dutra, em Seropédica, Rio de Janeiro.