MP denuncia empresa, motorista e chefe por tragédia com caminhão-tanque na BR-277

Publicado em
05 de Julho de 2017
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Denúncia é por crime ambiental, em virtude do derramamento de 44 mil litros de etanol no local. Seis pessoas morreram no acidente.


 
Caminhão-tanque é retirado da rodovia (Foto: Divulgação / Polícia Rodoviária Federal)Caminhão-tanque é retirado da rodovia (Foto: Divulgação / Polícia Rodoviária Federal)

Caminhão-tanque é retirado da rodovia (Foto: Divulgação / Polícia Rodoviária Federal)

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou a empresa, o motorista e o chefe do motorista responsáveis pelo caminhão-tanque que tombou e provocou a morte de seis pessoas na BR-277, em Morretes, em 3 de julho de 2016.

A denúncia é por crime ambiental, em virtude do derramamento de 44 mil litros de etanol no local do acidente. Segundo a Promotoria, o líquido, altamente tóxico e inflamável, danificou a área de preservação permanente às margens da rodovia, poluindo água e solo.

De acordo com o MP, o caminhão estava com problemas no freio, o que havia sido comunicado pelo motorista ao seu chefe. Entretanto, este, mesmo assim, determinou que a viagem fosse feita.

O MP pede o pagamento de indenização por dano moral ambiental. A Promotoria diz que aguarda laudos para também denunciar os três envolvidos outros crimes relacionados ao acidente, como homicídio e lesão corporal.

 

O acidente

 

O acidente ocorreu na descida da serra, em Morretes, no litoral do Paraná. O caminhão explodiu após o caminhoneiro perder o controle da direção e bater contra uma mureta de proteção. Doze veículos que trafegavam pela BR-277 foram atingidos - dez foram incendiados. Uma criança recém-nascida sobreviveu graças à ação rápida do pai.

O motorista do caminhão-tanque não se feriu e ficou preso por dois dias.Ele foi solto após pagar fiança de R$ 8,8 mil. Em depoimento, afirmou que o veículo havia sinalizado no painel problemas de freio. De acordo com as investigações, o dono da empresa permitiu que o motorista usasse o caminhão, mesmo com falhas. O profissional responde por homicídio doloso com dolo eventual - quando o investigado não tem intenção, mas assume o risco de matar.

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