De janeiro a julho de 2018, fluxo caiu 1,6%.
Em relação ao mesmo mês de 2017, em julho a movimentação de veículos leves apresentou queda de 4,9%, enquanto o fluxo de veículos pesados teve aumento de 2,4% Marcos Santos/Jornal da USP – 1º.abr.2015
Em julho, o fluxo de veículos nas estradas e rodovias pedagiadas caiu 3,1%, em relação ao mesmo mês de 2017. Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (10.ago.2018) pela ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias).
No período, a movimentação de veículos leves, como automóveis de passeio, apresentou queda de 4,9%. Já o fluxo de veículos pesados, como caminhões e transportes de cargas, teve aumento de 2,4%.
Em relação a junho deste ano, o indicador se manteve estável. Como acontece anualmente neste mês, a base de praças de pedágios do índice foi metodologicamente atualizada.
Na comparação mensal, o fluxo de veículos leves apresentou crescimento de 3,2%, enquanto o de pesados registrou queda de 6,8%.
Para Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria, a expansão do movimento de veículos leves nos últimos 2 meses –3,2% em julho e de 3,4% em junho– representa uma recomposição gradual da queda de 11,4% em maio, quando aconteceu a paralisação dos transportes de carga.
“Já em relação ao fluxo de pesados, a queda de 6,8% observada em julho faz parte de um retorno da série ao nível pré-choque, após queda de 27,7% em maio e a forte retomada de 47% em junho”, completa o analista.
Além da greve dos caminhoneiros, Xavier aponta que a Copa do Mundo, o aumento do preço da gasolina, a redução do preço do diesel e a política de tabelamento do frete também afetaram o desempenho dos indicadores.
No acumulado do ano, de janeiro a julho, o movimento nas estradas caiu 1,6%. Reflexo da queda de 2,4% no movimento de veículos leves e da alta de 0,9 no fluxo de veículos pesados.
ATUALIZAÇÃO NA METODOLOGIA
Neste mês, foram incorporadas praças da Concebra, MGO Rodovias, MSVIA, Rota do Oeste e SPMAR e uma nova praça de pedágio na Nova Dutra. Por outro lado, foram excluídas as praças da Concepa, devido ao encerramento do contrato de concessão em julho deste ano.
Atualizações na base do índice são realizadas anualmente quando há inclusões ou exclusões de concessionárias ou praças de pedágios. As inclusões são feitas quando as praças possuem, no mínimo, 2 anos de existência.
O QUE É O ÍNDICE ABCR?
O índice mede o fluxo de automóveis nas estradas e rodovias do país sob concessão privada. É produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.
Os dados, divididos entre veículos leves, como os carros de passeio, e pesados, como caminhões, podem ser analisados como indicadores do desempenho da economia brasileira.
Em linhas gerais, a racionalidade subjacente é de que o tráfego de veículos nas estradas está estreitamente relacionado ao desempenho da atividade econômica, especialmente aos setores da indústria, comércio e serviços.