Movimentação de contêiner crescerá 74% até 2021

Publicado em
10 de Setembro de 2012
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A movimentação de carga por meio de contêineres nos portos terá um crescimento de 73,9% até 2021, passando dos 8,2 milhões de TEUs para 14,7 milhões, segundo estudo encomendado pela Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec).

Além de apresentar um retrato mais fiel do sistema portuário de contêineres no país, o objetivo do levantamento, desenvolvido pelo Instituto Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain), também tem a finalidade de subsidiar o governo com dados isentos e mais técnicos sobre a realidade deste setor até o ano de 2021, afirma o presidente da Abratec, Sérgio Salomão. “Ao contrário do que alardeia, não há um estrangulamento da capacidade atual e futura dos terminais portuários de contêineres no Brasil. Mas não é o que acontece. Pelo contrário, as previsões são as melhores até 2011, com as obras já autorizadas e as que ainda poderão ser feitas”, disse Salomão.

Na avaliação do presidente da Abratec, com estas obras em andamento e também as futuras, o país atingirá uma capacidade confortável até 2021.

De acordo com Salomão, as empresas filiadas à entidade informaram ao governo que, juntas dispõem de R$ 10,5 bilhões para investimentos em expansão. Deste total, R$ 4,5 bilhões serão empregados até 2016 em obras para expansão da área de atracação de embarcações e também aumento do espaço físico para contêineres.

Ele alerta que um dos problemas enfrentados pelo setor portuário como um todo não se concentra nos terminais de contêineres e, sim, nas deficiências de acesso, hoje insuficientes em quantidade e deficientes em qualidade.

Outro problema tem relação com a homologação, por parte da Marinha, no que se refere à nova profundidade dos portos. Segundo Salomão, apesar de a profundidade nos portos ter aumentado, por conta de obras do governo dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é como se as mudanças promovidas não existissem enquanto a Marinha não homologar as alterações. “Estamos acompanhando de perto a questão. Reuniões entre a Casa Civil e a Marinha têm acontecido. Enquanto não é dada a homologação, os navios que entram e saem dos portos precisam seguir recomendações de movimentação em condições especiais, dadas pela Capitania dos Portos. Isso reduz a velocidade das manobras e gera custos”, assinala o presidente da Abratec.

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