Motos serão proibidas de trafegar pela pista expressa da marginal Tietê em SP

Publicado em
18 de Março de 2010
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As motos serão proibidas de circular pela pista expressa da marginal Tietê após a conclusão de obras de ampliação, prevista para o final de março. A informação foi dada nesta quarta-feira por Alexandre de Moraes, secretário municipal de Transportes de São Paulo, durante entrevista à rádio CBN.

A medida visa diminuir o número de vítimas no trânsito. Apenas na marginal Tietê, as motocicletas representam 70% dos acidentes que ocorrem na via.

"A partir do final do março, com a inauguração das novas pistas da marginal, nós vamos proibir a circulação das motos na pista expressa na marginal Tietê. [...] Isso é muito importante porque lá [marginal] a velocidade é 90 km/h e lá ocorre a maioria dos acidentes fatais e não fatais", justificou Moraes.

De acordo com o secretário, as motocicletas ainda poderão trafegar pelas pistas local e central da marginal. Com a inauguração, os veículos terão o mesmo número de pistas para circularem, são sete, ao todo.

O secretário também lembrou que no começo de abril será inaugurada a motofaixa da avenida Liberdade. "É uma motofaixa que sai da [rua] Sena Madureira, pega o finalzinho da [rua] Vergueiro, avenida Liberdade, chegando até a praça João Mendes, que é um trajeto muito feito por motociclistas, principalmente aqueles que vão até o Centro", informou.

Após um período de adaptação, as motos também serão proibidas de andar na avenida 23 de Maio, entre o antigo Detran e o Vale do Anhangabaú.

Moraes disse que de 2008 para 2009 caiu em 10% o número de acidentes com mortes. Segundo ele, a marginal Pinheiros não deve sofrer alterações no trânsito, já que em determinados trechos a é pista única.

Segundo a coluna Mônica Bergamo, publicada na edição de hoje da Folha, no ano passado, o trânsito de São Paulo matou 1.382 --ou sete vezes mais do que um dos mais graves acidentes aéreos da história, o da TAM, em 2007. O índice de 2,07 mortes por 10 mil veículos é bem maior do que a média de países como os Estados Unidos (1,06), Espanha (1,14) e Alemanha (0,89).

Os pedestres foram as maiores vítimas: 671 morreram em acidentes, além de 428 motociclistas, 222 motoristas ou passageiros e 61 ciclistas. 

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