Moradores de Cosmópolis (SP) fizeram um protesto, na manhã desta quinta-feira (5), na praça de pedágio da Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), localizada entre e a cidade e Paulínia (SP). Segundo a Polícia Rodoviária, cerca de cem pessoas saíram do Ginásio de Esportes de Cosmópolis e caminharam até o pedágio, que fica no km 135. O protesto foi encerrado por volta das 9h.

A Polícia Militar também acompanhou a caminhada e uma das faixas da rodovia precisou ser interditada, o que gerou lentidão no trânsito.

Segundo um dos manifestantes, o protesto é contra a instalação do programa ponto a ponto no local, que cobra os motoristas por trecho percorrido. Além disso, eles também pedem isenção do valor para moradores de Cosmópolis. No final de agosto, funcionários da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) fizeram um questionário com moradores da cidade para saber a origem e o destino das pessoas que passam pelo pedágio.

Ainda segundo uma das pessoas que participam do protesto, os manifestantes estão concentrados em uma área que fica ao lado do pedágio e não bloqueiam nenhuma faixa da rodovia. Agentes da concessionária Rota das Bandeiras, concessionária que administra o trecho, também estão no local para orientar os motoristas, mas afirmaram que até agora não ocorreu nenhum problema.

Primeira do país na região
O sistema de cobrança por trecho começou a funcionar em julho na Rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros (SP-340), conhecida como Campinas-Mogi. Essa foi a terceira rodovia a adotar o sistema no país, mas a primeira do Brasil aberta à adesão de qualquer motorista, segundo a Artesp.

A Artesp afirmou, em nota oficial, que até o final do ano o pedágio ponto a ponto deve ser implantado na Rodovia Zeferino Vaz. Sobre a isenção para moradores de Cosmópolis, a empresa afirmou que os contratos de concessão vetam esse tipo de benefício a uma camada específica da população. Segundo a agência, o sistema de cobrança por trecho percorrido possibilita mais benefícios aos usuários.

Pedágio queimado
No dia 3 de julho, manifestantes atearam fogo nas oito cabines de pedágio da Rodovia Professor Zeferino Vaz. O grupo protestava contra a tarifa de R$ 6,20 para carros. A Polícia Militar Rodoviária usou bombas de efeito moral para tentar conter as depredações.