Antes prestigiada, a entidade perdeu poder de negociação durante as gestões Dilma e Temer, justamente no momento em que a indústria automotiva passava por rápidas mudanças globais e o mercado nacional descia a ladeira tanto em produção como em vendas.
A favor de Moraes está a sua longa experiência em negociações governamentais, fruto da função que exerce de diretor de comunicação e relações institucionais da Mercedes-Benz no Brasi.
Segundo ele, as conversas já estão ocorrendo e a receptividade tem sido muito boa. "Somos bem recebidos em diversos ministérios, em especial de Infraestrutura e de Economia", diz o dirigente, que esteve com a sua equipe na capital federal nesta quarta-feira (24) tratando de diversos temas que afetam o setor.
Moraes ressalta que o governo sinaliza na redução do custo Brasil e também em atacar os gargalos não só da área automotiva, mas de todo os setores industriais e de serviços.
"Não será fácil, mas estamos dispostos a enfrentar, com chances de reduzir substancialmente esse custo. Talvez não tudo esse ano, mas em etapas, já que o governo tem o problemas de déficit fiscal. Mas vamos começar pela simplificação e no futuro a redução da carga tributária para toda a sociedade.", diz Luís Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
"Com essa postura, a Anfavea tenta mostrar que tem mais a dizer do que apenas negociar os incentivos pontuais do passado, diante de um governo que se mostra mais resistente a pedidos de setores específicos da indústria.