Montadora já ajuda a descobrir se é melhor ir a pé

Publicado em
01 de Outubro de 2011
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Qual é o melhor meio de transporte? Depende. O número de variáveis aumenta a cada dia, principalmente em centros urbanos. Qual seria a opção se você estivesse chegando no centro de Paris às 8h de amanhã, de trem, na Gare du Nord, e quisesse ir até a Basílica de Sacré-Coeur, em Montmartre?

O percurso, de dois quilômetros, pode durar entre 7 e 19 minutos. De taxi é o mais rápido. Mas, numa cidade com boa malha de transporte como a capital francesa, é possível optar por metrô, ônibus, bicicleta ou mesmo a pé. Ou ainda fazer uma caminhada e depois seguir de bicicleta.

A corrida de taxi fica em € 6,42. De metro ou ônibus, mais a caminhada para subir a ladeira de Montmartre, gasta-se € 1,70. Mas, indo de taxi, você vai jogar 431 gramas de CO2 no ar. De metrô, apenas 2 gramas.

"Carro não é a única solução", diz Xavier Duchemim, que fala em nome de um fabricante de veículos, a Citroën. Há seis meses, a montadora lançou um site, por meio do qual é possível encontrar o meio de transporte mais adequado. O sistema permite comparar distâncias, mesclar modalidades, fornece custo e nível de emissões de CO2 de cada uma e ainda ajuda a marcar voos, viagens de trens, aluguel de carro e hotéis.

Mais de um milhão de usuários já visitaram o Multicity, o site da Citroën. Por enquanto, o serviço está disponível somente na França. Mas, segundo Duchemim, diretor de marketing, a ideia é estender para outros países da Europa, como Alemanha, com estreia marcada para dezembro. O executivo cogita lançar o serviço até no Brasil, um mercado importante para a montadora.

O Multicity começa a atrair parceiros e a locação de automóveis não se restringe à Citroën. Mas o carro elétrico da marca, o C-Zero, também pode ser alugado. O site avisa, inclusive, a autonomia do veículo: 120 quilômetros. Meia diária de um modelo elétrico sai por € 35.

Os fabricantes de veículos começam a perceber que apoiar outras opções de mobilidade pode ajudar a melhorar a sua imagem num momento em que o automóvel é visto como um vilão do aquecimento global. "Queremos mostrar que a indústria automobilística quer se integrar, inventar novas coisas e não apenas produzir coisas em metal", destaca Duchemim.

Garantir uma boa imagem com o usuário, que hoje quer comparar meios de transporte, significa também conquistar futuros clientes. Duchemim lembra que muitas pessoas no mundo hoje compram o primeiro automóvel por volta dos 45 anos de idade. "Ajudamos hoje as pessoas que vão comprar o nosso carro amanhã", afirma o executivo.

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