Ministro demite servidora que teve hospedagem em hotel de luxo paga pela Scania

Publicado em
07 de Dezembro de 2018
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Marina Araújo era coordenadora de Infraestrutura de Trânsito (CGIT) do Denatran, ligado ao Ministério das Cidades

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, demitiu a coordenadora de Infraestrutura de Trânsito (CGIT) do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Marina Araújo. Ela e outros servidores do órgão - conforme EXPRESSO revelou na semana passada – ficaram hospedados em um hotel de luxo no litoral paulista e tiveram suas despesas pagas pela Scania. A montadora, assim como outras, necessita de certificados emitidos pela CGIT. O Código de Ética Profissional do Servidor Público proíbe o recebimento de vantagens de empresa sujeita à jurisdição regulatória do órgão a que pertence.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, pasta responsável pelo Denatran, “todas as medidas cabíveis a todos os que participaram do evento foram tomadas”, mas que nem todas têm efeito imediato.

Scania banca viagem luxuosa de funcionários e estagiários do Denatran

Gastos foram feitos na semana passada e incluíram passagens, alimentação e hospedagens em um hotel cinco estrelas, segundo a revista Época

A montadora sueca Scania arcou com uma viagem luxuosa para ao menos dois funcionários, sete servidores terceirizados e quatro estagiários do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) – autarquia subordinada ao Ministério das Cidades. Os gastos foram feitos na semana passada e incluíram passagens, alimentação e hospedagens em um hotel cinco estrelas. A informação foi divulgada pela revista Época.

Em nota emitida pela empresa, os gastos foram confirmados. Mas a montadora justifica que as despesas foram publicadas em um despacho da Coordenação Geral de Infraestrutura de Trânsito (CGIT). Ainda segundo o comunicado, os convidados assistiram a “apresentações técnicas, trocaram experiências e fizeram “test drives com veículos”.

Segundo a reportagem da revista, o Ministério das Cidades, que controla o Denatran, afirmou que desconhecia o assunto e que se ficar comprovado que os funcionários desrespeitaram o código de Ética da Administração Pública, “eles poderão ser punidos e eventualmente exonerados”.

Não é a primeira vez que o órgão se envolve em polêmica com seus funcionários. Neste ano, o Metrópoles divulgou outro escândalo envolvendo o Denatran, que contratou uma ex-estagiária como coordenadora-geral de Infraestrutura no Trânsito. A recém-formada Marina Nunes Pinto de Araújo foi indicada para o alto cargo dentro da autarquia.

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