Mercedes-Benz faz acordo que reduz jornada e congela salários

Publicado em
12 de Setembro de 2012
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Os trabalhadores da Mercedes-Benz vão trabalhar menos dias por semana, totalizando 15 dias úteis no período de 1.º de setembro de 2012 e 31 de janeiro de 2013. Ao todo, 12 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo serão afetados. A montadora também vai congelar os salários pelo mesmo período. Como contrapartida, se comprometeu a não demitir nesse período. O acordo entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a empresa foi anunciado ontem.

O aumento real de 2,39% mais a variação da inflação, definido nas negociações do ano passado, será adiado para fevereiro - a data-base da categoria é 1.° de setembro. Em 2011, os metalúrgicos do ABC paulista conseguiram um reajuste de 10%, com 2,5% de ganho real.

As primeiras paradas na produção estão previstas para 3, 10, 17 e 24 de setembro; 11, 15 e 22 de outubro; 5 e 19 de novembro. As datas podem ser alteradas.

A montadora também prorrogou de 17 de novembro de 2012 para 17 de dezembro de 2012 o programa de suspensão temporária de trabalho - conhecido como lay off. Ao todo, 1.400 dos 1.500 trabalhadores nessa situação aderiram ao programa em 18 de junho.

A negociação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com a Mercedes-Benz foi autorizada em assembleia de 3 de setembro. De janeiro a agosto, os licenciamentos de caminhões tiveram uma queda de 20,5% ante o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A produção caiu 40,2% no período.

General Motors. A proposta apresentada pela GM na segunda-feira, de aumento salarial de 8,24% aos metalúrgicos de São José dos Campos (SP), foi aprovada por todos os turnos de trabalhadores da montadora ontem. A oferta da GM repõe a inflação de 5,39% do período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e dá 2,7% de aumento real.

O reajuste de 8,24% se aplica a salários de até R$ 8 mil. Acima desse valor, os trabalhadores receberão quantia fixa de R$ 659,20. O piso salarial será reajustado de R$ 1.576,68 para R$ 1.712 (aumento de 8,58%) e os trabalhadores vão receber R$ 3.250 de abono salarial.

Em São Caetano do Sul, os trabalhadores da GM receberam a mesma proposta da montadora, mas todos os turnos de trabalhadores rejeitaram a proposta. A reivindicação da categoria é que o reajuste seja feito a partir de 1.º de setembro, data-base da categoria. A montadora propõe reajuste a partir de 1.º de outubro.

Hoje, a diretoria da GM se reúne para discutir a situação dos metalúrgicos de São Caetano do Sul e chama o sindicato para negociar em seguida, de acordo com o presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Francisco Nunes Rodrigues.

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