Mercado eleva para 7,93% previsão de inflação. Atividade econômica recua 0,11% em janeiro

Publicado em
17 de Março de 2015
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Os investidores e analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a expectativa de fechamento da inflação para 2015. Segundo o boletim Focus, pesquisa feita com instituições financeiras divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará o ano em 7,93%, e não mais em 7,77% como na previsão da semana anterior. Os preços administrados, que são aqueles regulados pelo governo - como os da gasolina e da energia - subirão 12%. Antes, a estimativa era 11,18%.

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos por um país, a projeção é que a economia terá retração de 0,78% contra 0,66% previsto anteriormente. Para a produção industrial, é esperada queda de 2,19%, e não mais o recuo de 1,38% estimado antes. No caso do câmbio, a projeção é que o dólar encerre o ano em R$ 3,06, nível superior à previsão anterior de R$ 2,95. Na sexta-feira (13), a moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 3,24, o maior valor desde 2 de abril de 2003.

A expectativa para o fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia e principal instrumento do BC para controle da inflação, permaneceu em 13% ao ano para 2015. Isso significa que o mercado espera que o Comitê de Política Monetária da instituição eleve a taxa mais uma vez este ano em 0,25 ponto percentual. Em sua última reunião, nos dias 3 e 4 de março, o Copom subiu a Selic em 0,5 ponto percentual, chegando a 12,75% ao ano. O patamar de elevação confirmou as previsões de analistas.

A estimativa da dívida líquida do setor público permaneceu em 38% do PIB. A estimativa do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, ficou em US$ 79,5 bilhões,. A projeção anterior era US$ 79,1 bilhões. O saldo previsto para a balança comercial recuou de US$ 4 bilhões para US$ 3 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados caíram de US$ 60 bilhões para US$ 57,5 bilhões.

Atividade econômica recua 0,11% em janeiro, apura o BC (Conteúdo Estadão)

Na semana da divulgação oficial do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, o Banco Central já calcula que a economia brasileira começou este ano com resultado negativo. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro teve baixa de 0,11% ante dezembro do ano passado com ajuste sazonal. Em dezembro, havia amargado uma baixa de 0,55% - dado revisado para -0,57% - também na margem com ajuste.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 145,65 pontos no final do ano passado para 145,49 pontos agora na série dessazonalizada. O resultado do IBC-Br ficou abaixo da mediana das estimativas dos 35 analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (+0,20%), mas dentro do intervalo de -0,14% a +0,90%. Na série observada, é possível identificar uma queda de 0,40% nos 12 meses encerrados em janeiro.

Na comparação entre os meses de janeiro de 2015 e 2014, houve retração de 1,75% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, janeiro encerrou com o IBC-Br em 138,08 pontos, no menor patamar desde fevereiro de 2013 (134,14 pontos). O indicador de janeiro de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou uma retração maior do que a apontada pela mediana (-1,10%) e ficou perto do teto das previsões (-1,80% a +0,80%) dos 32 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal, que subiu 2%, e a Pesquisa Mensal do Comércio, que teve alta de 0,6% no primeiro mês de 2015, na margem.

 

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