Mercado de medicamentos genéricos cresce 32,2% em 2011 e movimenta R$8,7 bilhões

Publicado em
08 de Fevereiro de 2012
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O mercado de medicamentos genéricos apresentou em 2011 crescimento de 32,3% no volume de unidades vendidas em comparação a 2010. Foram comercializadas 581 milhões de unidades frente às 439 milhões registradas no ano anterior. As vendas de genéricos movimentaram R$8,7 bilhões, apresentando crescimento de 41% em comparação a 2010, quando as vendas atingiram R$6,2 bilhões.

Os genéricos apresentaram crescimento 52,3% superior ao restante da indústria no período. Para o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Odnir Finotti, o ritmo deverá se manter nos próximos anos. “O genérico é a opção de acesso ao mercado farmacêutico dessa nova classe média que vem se formando no Brasil. Além disso, desde 2011 lançamentos importantes começaram a chegar no mercado, o que certamente traz novos consumidores”, explica.

A Pró Genéricos estima alcançar 35% de participação de mercado em unidades até 2015. O setor registrou 22,3% de share no fechamento de 2011, percentual 26,7% superior aos 17,6% registrados em dezembro de 2010. “Devemos superar a marca histórica de 25% de participação em unidades neste ano”, comemora Finotti.

Com relação ao faturamento em reais, os genéricos já registraram a marca de 20,5% de participação.As informações de mercado são do IMS Health, instituto que audita o desempenho da indústria farmacêutica no Brasil e no mundo.

A entrada de novos genéricos ao mercado, por meio de medicamentos que tiveram suas patentes vencidas nos últimos 2 anos, também contribuíram para expansão do setor. Drogas como Atorvastatina, Rosuvastatina, Sildenafil, Quetiapina e Valsartana hoje já representam 10% do faturamento do setor. “Essas drogas e mais uma relação de outros produtos que devem ter patente expirada até 2017 são drogas importantes, com alto valor agregado, que impactam e muito nosso negócio”, diz Finotti. Para os lançamentos de genéricos previstos para 2012, os destaques são a Ziprasidona, um antipsicotico da Pfizer, e o Sirolimo, produto imunossupressor da Wyeth utilizado em transplantes de órgãos.

De acordo com o executivo, os biossimilares e os produtos de alta complexidade são as novas fronteiras de expansão do setor. E são esses os dois assuntos que assumiram a liderança entre as prioridades da agenda da Pró Genéricos. “É a nossa entrada nesses novos mercados que elevarão os negócios das indústrias de genéricos”, sentencia. Finotti ressalta ainda que os dois mercados se somados chegam a R$ 6 bilhões em valor.

“Enquanto as empresas do setor já se organizam para produção dos biossimilares, a Anvisa vem colaborando com o setor para que tenham acesso facilitado aos produtos que no geral são vendido para hospitais e órgãos públicos de saúde”, diz o executivo.

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