Meirelles vê próximo presidente pró-reformas e de centro-direita

Publicado em
16 de Março de 2017
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, considera provável um candidato de centro-­direita, pró-­reformas, ganhar a eleição presidencial em 2018. Durante conversa promovida pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), evento paralelo à reunião do G­20, em Frankfurt, ele afirmou que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), é um dos nomes surgidos no cenário de disputa, e "que está crescendo muito, muito rápido".

O ministro disse que existe um candidato da direita, militar (Jair Bolsonaro - ­PSC­RJ, cujo nome não foi citado), que também cresce nas pesquisas, apontou. [Ele] é um pouco controverso, mas que também é favor das reformas", disse. Meirelles já havia citado a posição favorável de Doria aos projetos propostos pelo governo federal. "Acho que no fim do dia, as chances são de que esses candidatos [pró-­reformas] prevaleçam", afirmou.

Os comentários a respeito do cenário da eleição presidencial surgiram a partir de resposta sobre a possibilidade de a luta por um clima de aceitação das reformas se tornar mais difícil com a aproximação do período eleitoral. A questão, elaborada por Tim Adams, presidente do IIF, foi sobre como poderiam ficar as reformas diante da eleição de 2018.

"Você acha que pode sustentar esse clima de aceitação [das reformas] e ter sobriedade física até as eleições de 2018? Eu sei que você está lutando uma boa luta agora, mas pode você sustentar isso, especialmente ao longo do período de eleições majoritárias no ano que vem?", pontuou Adams. Meirelles respondeu: 'eu acho que sim". "Haverá um ponto de decisão em que vários candidatos do centro e centro-­direita, os moderados, serão favoráveis à reforma", disse.

Segundo ele, "evidentemente", apenas o candidato do PT, o ex­-presidente Lula, "é contra as reformas".

O ministro da Fazenda contou que Lula discursou nos protestos de quarta-feira contra a reforma da Previdência e trabalhista em São Paulo para cerca de cem mil pessoas. "E uma das coisas que ele disse era que desejava que eu estivesse lá, porque me convenceria de que essas reformas não são necessárias", afirmou. "Acredito que, se ele ganhar, provavelmente haveria um certo recuo. Mas mesmo neste caso, me atrevo a dizer que ele tem um histórico de moderação, como aconteceu quando ele foi eleito", ressaltou o ministro.

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