A antiga fórmula "produto de qualidade ambiente agradável bom serviço = justo valor" não é mais suficiente
As pessoas mudaram, o mundo mudou. Não é apenas uma questão tecnológica, a sociedade passou por transformações que impactaram no comportamento humano. O imediatismo, caracterizado por uma ansiedade pelo aqui e agora, tornou o consumidor mais exigente, menos tolerante.
Com todas essas movimentações, as empresas precisam estar constantemente se reinventando para acompanhar as expectativas e anseios dos consumidores. Como disse Darwin, não são os mais fortes que sobrevivem, mas os que têm maior facilidade em se adaptar às mudanças. Essas mudanças são sentidas desde a hora de prospectar o cliente: se antes um restaurante usava de mídias tradicionais para se comunicar e atrair novos clientes, hoje já não basta complementar a comunicação com uma estratégia em mídias digitais. Precisa ser reconhecido pelo que oferece e pelo que entrega. Ser bem recomendado - e não apenas pelos amigos.
As pessoas não querem apenas visibilidade nas redes sociais, elas querem testemunhos de que visitar aquele lugar vale a pena. A antiga fórmula "produto de qualidade ambiente agradável bom serviço = justo valor" não é mais suficiente.
É preciso encantar os clientes para que eles compartilhem as suas experiências. Junto a todas essas variáveis, temos também a entrada de novos intermediários na relação com os clientes, como sites de compra coletiva, aplicativos que oferecem descontos exclusivos, canais de venda e entrega de produtos.
O desafio é grande, o cliente tem mais opções de escolhas e, consequentemente, a empresa passa a estar mais distante do seu cliente durante o processo de compra. É preciso enfrentar essas quebras de paradigmas e, para isso, sugiro alguns métodos: definir o propósito de sua empresa para não perder o foco; lembrar-se que o cliente é o centro do seu negócio; mensurar resultados e, finalmente, simplificar.
Afinal, o que é complexo não vai virar cultura na sua empresa, nem vai ser bem comunicado para os seus clientes. No fim das contas precisamos ter em mente que o mercado, por mais digital que tenha se tornado, continua sendo feito de pessoas. É como disse Walt Disney: "O que quer que você faça, faça bem feito. Faça isto tão bem, que quando as pessoas experimentarem, elas vão querer voltar e ver de novo e vão querer trazer outras pessoas para mostrar o que você faz".