Máquinas: vendas caem 21,3% no 1º trimestre

Publicado em
07 de Abril de 2014
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Indefinição do PSI e problemas climáticos prejudicaram mercado interno

MÁRIO CURCIO, AB

Por causa da definição do novo Finame PSIapenas no fim de janeiro e também da falta de chuvas em São Paulo, Minas Gerais, norte do Paraná ou o excesso dela durante a colheita no Centro-Oeste, as vendas de máquinas agrícolas no primeiro trimestre de 2014 ficaram em 14,9 mil unidades, queda 21,3% em relação ao mesmo período de 2013. 

-Veja aqui os dados da Anfavea

“Juntaram-se as vendas fracas de janeiro à diminuição da rentabilidade dos agricultores”, afirma Milton Rego, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “E a base de comparação não é a ideal, porque no início de 2013 começava a ser liberado um novo PSI e as vendas foram elevadas naquele período”, recorda Milton Rego. 

“Acho prematuro dizer que esses 20% (de queda) vão continuar. Já em junho a situação deverá mudar por causa da safrinha e pela intenção do plantio”, diz o vice-presidente da Anfavea. 

O volume de tratores de rodas entregue no trimestre (11,3 mil unidades) resultou em recuo de 21,7%, semelhante ao do setor como um todo. Outro equipamento que espelhou o segmento de máquinas foram as colheitadeiras. A venda de pouco mais de 2 mil unidades de janeiro a março implicou recuo 20,5% ante os mesmos meses de 2013. 

PRODUÇÃO

De janeiro a março foram produzidas 19,5 mil máquinas, resultando em queda de 13% ante o primeiro trimestre de 2013. A retração mais acentuada ocorreu para as colheitadeiras. No período foram montadas 2,25 mil unidades, 20,9% a menos que de janeiro a março de 2014. Os tratores de rodas também tiveram queda significativa. No trimestre foram montadas 14,3 mil unidades, 15% a menos que em igual período de 2013. A maior alta no período, de 51,4%, foi registrada pelos tratores de esteiras (728 unidades). 

EXPORTAÇÕES

As vendas externas continuam em queda porque o principal comprador de máquinas do Brasil é a Argentina. De janeiro a março de 2014 o Brasil enviou 2,66 mil unidades ao exterior, que resultaram em queda de 9,8%. Parte dessa retração se explica porque alguns fabricantes que já atuavam no Brasil passaram a operar também dentro do país vizinho. 

“Os argentinos têm safra anual de cerca de 90 milhões de toneladas. Em produções elevadas como esta, os fabricantes sabem que têm de atuar localmente”, afirma Milton Rego. O envio de tratores de rodas no trimestre recuou 20,8% e o de colheitadeiras, 28,6%. 

Para ver o estudo completo de janeiro a março, clique aqui.
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