Mantega: Haverá um leilão de concessões a cada 15 dias no 2º semestre

Publicado em
19 de Agosto de 2013
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou novamente seu otimismo com o pacote de concessões que o governo tentará deslanchar neste segundo semestre, a fim de elevar os investimentos no país e estimular a economia.

Após participar da segunda reunião do Fórum Nacional da Indústria, promovido pela CNI, em São Paulo, Mantega afirmou que as concessões “serão o grande evento do segundo semestre”. Segundo o ministro, haverá “um leilão a cada 15 dias”.

Coluna da jornalista Claudia Safatle publicada no Valor desta sexta-feira relata que a presidente Dilma Rousseff despachou Mantega para contatos mais próximos com o setor privado, tarefa que o ministro vem cumprindo à risca.

“Deixei claro para os empresários que a estratégia do governo é tornar esses leilões atrativos pro setor privado. A rentabilidade elevada vai atrair os empresários. Melhoramos muito o sistema de financiamento, que viabiliza rodovias e ferrovias”, afirmou.

Os leilões devem começar em setembro com as rodovias BR-050 e BR-262. Os dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ), assim como o primeiro trecho de ferrovia, de Açailândia a Barcarena, serão licitados em outubro. Portos ficaram para novembro.

O ministro, e de resto todo o governo, coloca fé nesses leilões para alavancar o crescimento, em especial o de 2014. Por esse motivo, Mantega reiterou não haver fundamento para o pessimismo que se nota em certas análises. “Podemos verificar que não só a economia brasileira cresceu bem no primeiro semestre, como no segundo poderá seguir trajetória semelhante”, afirmou.

Mantega reiterou que projeções de crescimento de apenas 1% para 2014 não têm fundamento. Matéria do Valor desta sexta-feira traz economistas comentando essa possibilidade. Nas projeções do mercado coletadas pelo boletim Focus, do Banco Central, o piso das estimativas para o PIB do ano que vem está em 1%, menor até que o piso das projeções para este ano, de 1,7%.

Grau de investimento

Perguntado sobre o possível efeito na economia doméstica do rebaixamento das notas do Brasil por agências de classificação de risco, o ministro não se mostrou muito preocupado, ao afirmar que os investimentos devem continuar no país.

"Houve uma mudança por parte de uma empresa de rating que mudou só a tendência, e não a conta, e a outra empresa manteve a nossa tendência", disse Mantega, referindo-se à Standard & Poors, que, em junho, alterou a perspectiva da nota "BBB" do Brasil de "estável" para "negativa", citando o fraco crescimento econômico e a política fiscal expansionista do país. Em julho, a agência de classificação de risco Fitch Ratings confirmou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em "BBB", com perspectiva estável.

De acordo com Mantega, o rebaixamento efetivo dos ratings brasileiros vai depender do desempenho econômico e fiscal do país nos próximos anos. "Como teremos um bom desempenho econômico e fiscal, não teremos downgrade".

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