Man e Volvo falam sobre o mercado de veículos médios e pesados

Publicado em
06 de Abril de 2010
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No que diz respeito ao desempenho dos segmentos de caminhões médios e pesados em 2009, a Man Latin America (Fone: 24 3381.1328) aponta que houve uma queda em sua produção, em comparação com o ano anterior. Em contrapartida, a Volvo do Brasil (Fone: 0800416161) informa que a sua produção destes veículos manteve o mesmo patamar nos dois anos.

Sobre as perspectivas para este ano, a Man está trabalhando com uma produção próxima da que teve no ano passado, mas faz algumas ressalvas dependentes de incentivos do Governo Federal. Já a Volvo projeta um aumento de 15% no mercado nacional, incluindo não só o próprio desempenho, mas o de todas as marcas que atuam no país.

De acordo com Vanderci Fornaziero, supervisor de Marketing e Planejamento da Man, por conta da crise que atingiu toda a indústria no início de 2009, ocorreu uma queda na produção de caminhões médios e pesados. Mesmo assim, segundo Cid Manechini, gerente de Vendas Especiais de Caminhões da empresa, o volume de vendas em 2009 foi apenas um pouco menor do que o registrado no ano anterior, o melhor da história em vendas de caminhões.

"A recuperação das vendas no último ano ocorreu no segundo semestre, após o anúncio da isenção do IPI e das taxas especiais para o Finame PSI. Para 2010, estamos trabalhando com volumes próximos aos de 2009. Porém, este volume poderá ser melhor se forem mantidas a isenção do IPI e as taxas do Finame para o segundo semestre", explica Manechini.

Por outro lado, na visão de Fornaziero, também da Man, o mercado já dá sinais claros de melhora, por conta da vigência da isenção do IPI e das taxas especiais para o Finame, que deverão manter a demanda aquecida pelo menos durante o primeiro semestre. "A disponibilidade de crédito, com taxas aceitáveis, e prazo, é fundamental para manter as vendas de caminhões em alta. Tudo isso, é claro, se nossa economia continuar a apresentar resultados positivos, e que não sejamos surpreendidos por crises externas", acrescenta.

No entendimento de Rogério Kowalski, gerente de Grandes Frotas da Volvo, o mercado tem melhorado em decorrência do aumento do volume de cargas transportadas, que está ocorrendo em função do crescimento de alguns segmentos da economia. "Temos contribuído para que os transportadores rentabilizem melhor seus negócios com caminhões mais econômicos e com maior disponibilidade. O FH 440 cv, por exemplo, foi o caminhão pesado mais vendido do Brasil em 2009, segundo levantamento da Anfavea", analisa.
     
Médios, semipesados ou pesados: quando usar?

Vale destacar que a classificação da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores aponta que caminhões com PBT (Peso Bruto Total) acima de 15 toneladas são tratados como pesados quando tiverem CMT (Capacidade Máxima de Tração) acima de 40 toneladas, e como semipesados quanto possuírem CMT abaixo de 40 toneladas. Já os caminhões médios são os que têm PBT entre 10 e 15 toneladas.

Por parte da Man, Rogerio Gil Costa, supervisor de Marketing de Caminhão, comenta que os veículos médios, juntamente com os leves, pela agilidade e maior facilidade de locomoção, são comumente utilizados para coleta e entrega de bens em áreas urbanas a partir de Centros de Distribuição. "O veículo médio é utilizado normalmente em aplicações urbanas: distribuição de bebidas, gás, alimentos, móveis, eletrodomésticos, coletas e entregas de mercadorias. Excepcionalmente veículos médios são encontrados nas rodovias, fazendo transportes gerais em curtas e médias distâncias", destaca Costa.

Por sua vez, os veículos pesados fazem a ligação entre produtores e fabricantes com os CDs, que se situam estrategicamente próximos a rodovias e fora dos centros urbanos. Segundo o supervisor de Marketing de Caminhão da Man, o veículo pesado deve ser considerado sob dois aspectos: os de chassi rígido e os cavalos mecânicos.

No primeiro caso são empregados em atividades bem específicas, como construção civil, serviços públicos (coleta de lixo, por exemplo), mineração, transporte de cana, madeira, combustíveis, transportes de máquinas e equipamentos. Já os cavalos mecânicos são essencialmente veículos rodoviários, que tracionam carretas em médias e longas distâncias, transportando bens de todos os tipos entre cidades, estados e países.

Representando a Volvo, que tem em seu portfólio caminhões semipesados e pesados, Kowalski resume a diferença básica na utilização de um ou outro: "o uso de semipesados se dá especialmente nas situações de distribuição e alimentação de pontos de venda, enquanto os caminhões pesados são utilizados basicamente para transferências entre CDs ou transporte de longas distâncias, ou ainda para o transporte de cargas acima de 40 toneladas".

Ele destaca que a Volvo tem observado a crescente demanda por caminhões pesados que transportam carretas "Vanderléia" (carretas com três eixos espaçados), com capacidade de 56 toneladas. "Desenvolvemos com exclusividade para o mercado um caminhão pesado para este tipo de implemento, aumentando a rentabilidade do transportador e a produtividade do embarcador", informa.

Já na linha de caminhões semipesados, Kowalski destaca que a Volvo introduziu o conceito da cabine leito, oferecendo maior conforto ao motorista. Além disso, desenvolveu um caminhão com caixa de nove marchas opcionalmente ao eixo de seis marchas, também aumentando o conforto ao motorista e melhorando a economia de combustível.

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