MAN corta produção e fornecedores suspendem contratos de trabalhadores

Publicado em
08 de Agosto de 2012
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Com a forte queda nas vendas, montadora reduziu produção diária de 350 para 240 veículos em Resende, RJ

A montadora informa que 270 operários dos sete fornecedores que atuam com a empresa dentro da fábrica tiveram contrato de trabalho suspensos até dezembro, no regime de dispensa temporária conhecido como ’lay off’.

O programa começou no início de julho e, segundo a montadora, parte destes funcionários já se desligou voluntariamente das empresas, que fornecem componentes e peças.

A MAN diz que estes trabalhadores preferiram retornar logo ao mercado de trabalho. Nos sete primeiros meses do ano, as vendas de caminhões cederam 17,4%, somando 81,3 mil unidades.

O desempenho reflete a resistência à nova linha de veículos menos poluentes, que são até 15% mais caros, em razão das mudanças tecnológicas no motor. Com o arrefecimento do mercado, a MAN já concedeu dois períodos de férias coletivas neste ano, em janeiro e junho, além de paradas entre fevereiro e maio.


Vendas de implementos ainda patinam (Automotive Business)

Setor registra retração de 11,9% nas vendas em 2012

Os fabricantes de implementos rodoviários ainda não sentiram os efeitos das medidas de incentivo às vendas adotadas pelo governo, como a redução do custo para financiar pelo BNDES/Finame e o PAC equipamentos. A Anfir, associação que reúne as empresas do setor, contabilizou retração de 11,9% nos emplacamentos entre janeiro e julho em relação ao mesmo período do ano passado, para 95,1 mil unidades.

A maior queda aconteceu na linha pesada, que inclui reboques e semirreboques, de 14%, para 29,8 mil equipamentos. Os negócios com implementos da linha leve, de carrocerias sobre chassis, esfriaram 11%, para 65,3 mil unidades. “O aumento do porcentual negativo indica que, apesar do crescimento do consumo, não houve impacto direto na atividade do setor”, avalia Mario Rinaldi, diretor executivo da organização.

Nesse contexto, a Anfir não mantém projeção otimista. A expectativa é encerrar o ano com queda levemente menor, de 11,5% na comparação com o resultado de 2011, com 173,4 mil equipamentos. Mesmo com a redução nos volumes, este ainda seria o segundo melhor ano para o setor.

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