Mais de 60% da soja de Mato Grosso sai por Santos

Publicado em
03 de Agosto de 2012
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O volume da oleoginosa embarcado por Santos este ano é 49,03% superior as 3,726 milhões/t do período em 2011. Ao se comparar apenas o mês de junho o crescimento foi de 20%, um salto de 759,9 mil/t para 912,03 mil.

Os números são da Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), divulgadas pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Envios seguem em alta devido estoques mundiais estarem baixos. A China continua a principal cliente com a aquisição de 68,8% do total de grãos enviados no primeiro semestre.

O segundo principal porto para escoamento da soja é o de Paranaguá (PR), por onde somente no 1º semestre 913,3mil/t foram embarcadas, um volume 62,3% maior do que as 562,5 mil do ano passado. No mês de junho foram 126,5 mil/t, alta de 11,2% frente o mês em 2011. Manaus (AM) é o terceiro porto, pelo qual 850,3 mil/t passaram entre janeiro e junho, a quantidade é 54,2% superior as 551,2 mil/t nos primeiros seis meses de 2011, percentual semelhante foi registrado no comparativo do mês de junho com 50,5% de aumento. Em junho de 2012 foram 181,1 mil/t de soja por Manaus.

Outro destaque é o Porto de Vitória (ES), que figurou em quarto lugar, com 586,04 mil/t de soja exportadas por ele, 36,5% a mais que em 2011 e no mês 167,3 mil/t, quantidade 60,4% superior a junho do ano passado.

Por Santarém (PA) foram 393,1 mil/t 25,6% a mais no 1º semestre de 2012. Já São Luís (MA) teve alta de 134,3% nos embarques do grão mato-grossense ante a 2011, enviando 174,5 mil/t no período em questão. Em junho a alta chegou a 498,7%, salto de 6,4 mil/t no mês do ano passadopara 38,8 mil.

Segundo a analista de conjuntura econômica do Imea, Gemelli Lyra, a demanda por soja aumentou em 2012 em decorrência os estoques estarem baixos e a quebra dos Estados Unidos na produção. Ela explica ainda que a China tem elevado a aquisição do grão por querer garantir seu estoque.

“A China é o maior país em processamento da soja. Ela esmaga 25% da produção mundial, enquanto os Estados Unidos 20%, a Argentina 17% e o Brasil 16%”, comenta.

Questionada sobre o fato de portos como o de Manaus, Santarém e São Luís terem os níveis elevados de embarques do grão, Lyra frisa que o custo de transporte é menor, bem como o fato das estradas estarem em melhores condições hoje, ao se comparar com 10 anos atrás. Conforme a Folha do Estado já comentou, estimasse que o custo do frete com a BR 163 pronta seja reduzido em ao menos 34%.

Para o economista Vitor Galesso caso a China venha a ter problemas econômicos Mato Grosso pode ver sua economia cair drasticamente.

“Entretanto isso é coisa de longo prazo. A curto prazo seguirá em alta as aquisições, pois a demanda de alimentos naquele país é crescente. Lá são 1,3 bilhão de habitantes. O problema é a longo prazo. Tanto o governo federal quanto estadual e os produtores devem começar a mexer-se. Se a produção seguir em alta, com essa infraestrutura de logística e escoamento do modo que está, teremos sérios problemas”.

Milho

Das 662,9 mil/t de milho exportadas no primeiro semestre de 2012, 289,3 mil/t foram embarcadas pelo Porto de Manaus e 256,6 mil/t pelo de Santos.

Ao se comparar com o período do ano passado, os envios pelos dois portos caíram 34,3% e 75,9% respectivamente em decorrência os estoques estarem baixos até então. “Teremos agora no segundo semestre alta nos envios, pois de fato a colheita intensificou em julho”, comenta Lyra.

Embarques de algodão aumentaram em 1.399%

O algodão de Mato Grosso também tem o Porto de Santos (SP) como seu o principal rota de exportação.

Por ele foram escoadas 115.053 toneladas do produto, 65,3% das 176.103 toneladas enviadas para o exterior no primeiro semestre deste ano. Ao se comparar com o período em 2011, os embarques pelo Porto de Santos de algodão aumentaram 1.399,06% frente as 7.675 toneladas. Por Paranaguá (PR) foram escoadas 55.850 toneladas, 31,7% do volume total enviado e 442,1% a mais que o ano passado. As informações são da Secretária de Comércio Exterior (Secex) e do Imea, que credita alta nas exportações em decorrência à oferta de produto em 2012, ao contrário do ano anterior quando estoques estavam baixos. Por Paranaguá foram enviados o ano passado 10.302 toneladas no primeiro semestre. Pelo Porto de Foz do Iguaçu (PR), terceiro mais usado para escoamento do algodão, 3.823 toneladas do Estado saíram com destino ao exterior entre janeiro e junho, um volume 175,03% maior do que as 1.390 toneladas de 2011.

Ao se comparar apenas o mês de junho, o Porto de Santos embarcou 15.778 toneladas em 2012 contra os 122 quilos do ano passado. Paranaguá que enviou este ano 7.773 toneladas no ano anterior no mês não havia efetuado escoamento do algodão. “O algodão comportou-se ao contrário do milho neste primeiro semestre.

Como tínhamos alto estoque de algodão escoou-se mais. O ano passado os estoques estavam baixos na ocasião”, comenta a analista de conjuntura econômica do Imea, Gemelli Lyra.

Conforme levantamento da Secex, ao se comparar as exportações do primeiro semestre de 2012 com 2011 houve alta de 795,4% nos envios, salto de 19.667 toneladas para 176.103 toneladas. No que diz respeito a junho saltou de 122 quilos em 2011 para 23.951 toneladas.

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