O Brasil precisa encontrar o meio termo para garantir um sistema de logística compatível com as necessidades de sua economia. Além de desobstruir o gargalo dos modais de transporte, uma atitude de urgência a ser tomada é a da desburocratização.
É preciso reduzir o tempo médio de desembaraço de produtos de cinco para pelo menos um dia (nos Estados Unidos o desembaraço é feito em horas). Na área privada, as empresas brasileiras, também necessitam modernizar, otimizando plantas industriais, para não perder mais competitividade.
O diagnóstico é de Michael Jacob, presidente no Brasil da suíça Kuehene+Nagel, uma empresa mundial que atua na área de logística, presente em 100 países, com 900 escritórios no mundo.
Ao falar no Tá na Mesa da Federasul, Jacob disse que além de vencer o grande desafio brasileiro relacionado à infraestrutura, o País precisa apostar na logística integrada para se equiparar aos demais mercados que garantem, com eficiência de processos e sistema de logística, eficiência e competitividade.
“A tendência hoje está em solucionar, dentro das empresas, os problemas com processos”, informou o presidente da K+N lembrando que cresce no Brasil este tipo de mercado que procura dar consultoria para ajustar os processos.
Jacob, um canadense, filho de português do Açores e que vive em São Paulo, comemorou um ano que a Kuehne+Nagel incorporou a gaúcha Eichenberg e embora não tenha revelado o valor do negócio, disse que ele é “valioso” para a K+N que está valorizando e incremetando seu setor de transporte aéreo doméstico (uma das expertises da Eichenberg).
Na saudação, o presidente da Federasul, Ricardo Russowski, disse que a logística funciona como um dos principais ingredientes de sucesso das empresas e lembrou que “além dos sistemas que precisam ser eficientes, a educação e a valorização dos profissionais merecem destaque”.