Logística agora faz oficialmente parte do SINDICARGA

Publicado em
18 de Novembro de 2014
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“Depois de seis anos de peregrinação, perseguindo esse objetivo, conseguimos essa classificação que tanto vai fortalecer o setor.” Assim, o presidente do Sindicarga, Francesco Cupello, comemorou a assinatura da Carta Sindical de Logística. A carta confere ao Sindicarga abrangência do setor de logística em termos territoriais e em sua denominação, que agora passa a ser, oficialmente, Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística.

Essas atribuições foram conferidas pelo inciso VIII do artigo 17, do anexo 1, do decreto nº 5.063, de 3 de maio de 2004, constando do Cadastro Nacional de Entidades Sociais – CNES. O despacho foi publicado no Diário Oficial em 15 de maio de 2014. A partir deste, o Sindicarga passa a representar a categoria econômica das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística.

A carta foi entregue em mãos ao presidente Cupello pelo Superintendente Antônio Henrique Albuquerque Filho, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado do Rio de Janeiro, e foi assinada pelo Secretário das Relações do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo, pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias e pelo presidente do Sindicarga.

O Dr. Antônio Henrique se colocou à disposição do Sindicarga, afirmando que existem o interesse e a obrigação da Superintendência em apoiar os sindicatos de trabalhadores e os patronais.

Dr. Bernard Rocha, que estava presente como advogado do Sindicarga, afirmou: “Essa carta confirma o que já era de nosso conhecimento. Legitima e legaliza uma relação que já era intrínseca às atividades do sindicato e do setor.”

Há uma ligação forte entre o Transporte de Cargas e a Logística. “A logística se caracteriza como um novo campo de gestão integrada. As empresas têm se engajado continuamente nas atividades de movimentação e armazenamento. A novidade resulta no conceito de gerenciamento coordenado das atividades relacionadas, em vez de praticadas separadamente e no conceito de que logística agrega valor ao produto e aos serviços” (BALLOU, 2001). “A logística existe para mover e localizar o material de maneira a alcançar os benefícios desejados de tempo, local e posse a um custo mínimo” (BOWERSOX, 2006). Usando essas duas definições sobre logística podemos perceber a necessidade da união entre ela e o transporte rodoviário de cargas.

Atualmente as empresas de transporte de carga estão também se especializando em logística, ou ainda, grandes empresas desenvolvem sua área de logística bem como sua própria transportadora, orientando-se para o mercado e buscando desempenho competitivo e melhor lucratividade. As empresas realizam as atividades de transportes, estoques, distribuição e comunicações como parte essencial dos seus negócios, com o objetivo de bem atender aos seus clientes.

A logística passa a integrar o transporte de cargas e vice-versa, a fim de implementar a velocidade das operações, a consistência dos serviços e melhorar os custos. De acordo com FELTRIN (2000), o panorama do transporte no Brasil está se modificando, ainda que lentamente. A entrada no país de grandes operadores logísticos multinacionais, principalmente, é uma prova de que o transporte rodoviário tende a ser mais eficiente (Macohin et al).

Essa ligação continua, pois o transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria das organizações, possui papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente. Representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma companhia, como é o caso no setor de distribuição de combustíveis.

O transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível. Para atingir seus objetivos nas operações, muitas empresas buscam na logística, e principalmente na função do transporte, um diferencial competitivo, investindo na integração do transporte às demais funções logísticas.

Na logística, o transporte rodoviário é uma das áreas mais importantes. Segundo a COPPEAD, os custos com transporte chegam a 60% dos custos logísticos e a redução de custos nessa área é muito importante, pois corresponde em média 20% do custo total das empresas. Cada vez mais as empresas estão de olho nessa fatia do mercado, uma vez que o transporte no Brasil chama a atenção por faturar mais de R$ 46,2 bilhões e movimentar quase 3/5 do total de carga do país.

Com as empresas de logística associadas às transportadoras de cargas sob o teto do Sindicarga, haverá um fortalecimento dos setores e um melhor entrosamento entre as empresas. Juntos, os empresários, com tantos interesses e demandas em comum, poderão estabelecer objetivos, planos e diretrizes que beneficiarão as operações, além de criarem associações, convênios e acordos que beneficiarão as empresas associadas.

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